Foto de Luiz Henrique Mandetta
Foto: Reprodução/Agência Brasil/Marcello Casal Jr.

Nesta terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, abriu a fase de depoimentos da CPI da Covid, e falou sobre importância da ciência e das vacinas no combate à Covid19, e que o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) causou um “impacto” no agravamento da pandemia.

O depoimento de Mandetta começou às 11h04 e a sessão foi encerrada às 18h26, totalizando 7 horas e 22 minutos, em que o ex-ministro respondeu perguntas feitas por diversos senadores, aliados e da oposição do governo atual.

A princípio, Nelson Teich, ex-ministro que comandou a pasta da Saúde entre abril e maio, também seria ouvido ontem. No entanto, a agenda mudou para essa quarta-feira (5). Enquanto isso, o depoimento mais aguardado da CPI, do ex-ministro Eduardo Pazuello, que estava marcado para esta quarta-feira, foi remarcado para o dia 19 de maio.

De acordo com informações, Pazuello disse ter tido contato recente com pessoas que contraíram Covid19, e deverá ficar em quarentena.

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Confira o que Henrique Mandetta disse durante seu depoimento:

  • O governo federal não quis fazer campanha nacional contra a Covid;
  • Uma minuta (rascunho) de decreto presidencial propôs que a Anvisa alterasse a bula da cloroquina para que o remédio fosse recomendado contra a Covid; o medicamento é comprovado cientificamente ineficaz contra a doença;
  • Bolsonaro foi alertado sobre a gravidade da pandemia;
  • O presidente tinha um “assessoramento paralelo” sobre as medidas a serem adotadas;
  • A postura do presidente da República causou “impacto” no cenário da pandemia;
  • A saída da pandemia é a vacinação da população;
  • O ministro das Comunicações, Fábio Faria, enviou a ele uma pergunta também feita nesta terça por um senador;
  • O ministro da Economia, Paulo Guedes, é “pequeno” e talvez tenha “influenciado” o presidente Jair Bolsonaro;
  • O tratamento precoce, já defendido pelo governo federal, deveria ser chamado de “kit ilusão”;
  • O Brasil não fez “lockdown” e que adotou medidas contra Covid “depois do leite derramado”.