
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recebeu a primeira dose da vacina Coronavac na tarde desta sexta-feira (8), no bairro Pinheiros, em São Paulo. A aplicação foi feita pela primeira brasileira imunizada contra o coronavírus, a enfermeira Mônica Calazans.
O governador ficou honrado enalteceu o fato de ter tomado a CoronaVac, produzida pelo Butantan. “Todas as vacinas são boas, mas a minha foi Coronavac. Olha como é o mundo. Em início de janeiro a CoronaVac era a vacina, a vacina do Doria é do jacaré. Hoje, ela é a mais querida do Brasil e todos querem tomar. 43 milhões de brasileiros já tomaram”, disse.
Doria chegou ao local de vacinação pouco antes das 16h, acompanhado de sua esposa, a primeira-dama Bia Doria, de 60 anos, que também foi vacinada. O secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, também o acompanhou e tirou fotos com pessoas que, assim como ele, estavam na fila de espera da vacinação.
CoronaVac em falta
Nesta última semana, a faixa etária de 60 anos só conseguia encontrar vacinas da Pfizer ou da Aztrazeneca em São Paulo. A CoronaVac está em falta e ao menos 32 cidades do estado estão sem o imunizante e suspenderam total ou parcialmente a aplicação da segunda dose. Segundo a Prefeitura de São Paulo, até quinta-feira (6), a CoronaVac estava sendo aplicada nos postos da capital apenas em pessoas que já estavam na segunda dose.
Na quinta, o Ministério da Saúde informou que um milhão de doses da CoronaVac foram repassadas para as unidades da federação para a aplicação da segunda dose. Nesta sexta, o estado de São Paulo recebeu 226 mil doses.
“Briguei durante meses com o governo federal que não queria comprar essa vacina. O presidente da República disse que não ia comprar e ponto. Em alto e bom som. Hoje é a vacina que mais salva vidas. Se não fosse o negacionismo e um esforço contra a vacina, Paulo Gustavo e outros brasileiros poderiam ter sido salvos antes”, completou Doria. O presidente Jair Bolsonaro tem 66 anos e ainda não se vacinou contra o vírus.