Em plano estratégico, Jundiaí cria quase 100 novos leitos para atender pacientes com coronavírus

O prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, anunciou na noite deste domingo (22), a criação de mais 39 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender exclusivamente pacientes de coronavírus na cidade.

Leitos do Hospital Regional serão utilizados e somarão 55 leitos exclusivos para pacientes da região com Covid-19, no sistema que envolve também o Hospital São Vicente de Paulo.

Outros 60 leitos de enfermaria do Hospital Regional serão utilizados para pacientes com coronavírus.

Assista:

“Fizemos uma simulação com a população de 815 mil habitantes da região a qual somos responsáveis. Metade é dependente do SUS (Sistema Único de Saúde). 1% desta população contaminada significam 4.070 pessoas, das quais 20%, ou seja, 814 passarão pelos nossos equipamentos de saúde. E 3% necessariamente precisarão de um leito de UTI, ou seja, 25 pessoas”, explica em vídeo publicado nas redes sociais.

“Neste caso, nosso sistema ainda suporta”, concluiu.

“No caso de 2% da população ser contaminada, são 8140 pessoas. Teríamos 1628 pessoas passando pelo nosso sistema e a necessidade de 50 leitos de UTI. Até aí o sistema estaria suportando”, avalia.

“Agora, se a partir de 3% da população SUS-dependente for contaminada, nós não temos mais leitos suficientes”, enfatiza.

“Vamos buscar ainda outras medidas alternativas, mas é importante que você saiba que o SUS tem uma limitação”.

PAs serão ampliados

Outro anúncio a partir do plano estratégico anunciado é a ampliação da infraestrutura dos Pronto Atendimento (PAs) Central e dos bairros Ponte São João, Retiro e Vila Hortolândia.

“Este processo já está em andamento”, afirma Luiz Fernando.

O atendimento nos PAs e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Novo Horizonte será para pacientes com sintomas gripais e também pacientes com demais queixas de nível secundário.

UBSs divididas

As 34 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em funcionamento na cidade serão divididas: metade ficará delas servirá de “unidade sentinela”, e atenderá, exclusivamente, pacientes com síndrome gripal, que possam entrar no grupo de suspeitos de terem contraído coronavírus.

A outra metade fará o atendimento eletivo prioritário, como o acolhimento de gestantes, por exemplo.