Especialistas alertam que as pessoas devem tomar alguns cuidados antes e depois de receber a vacina contra a Covid-19. De acordo com a médica imunologista Lorena de Castro Diniz, os cuidados servem para não interferir na resposta imune da vacina no organismo.
O principal cuidado é continuar cuidando da higiene, usando máscara e mantendo o distanciamento social, mesmo depois de ser imunizado.
Desde que o Brasil começou a imunização contra o vírus, as pessoas anseiam pela possibilidade de retornar ao “antigo normal”. No entanto, mesmo sendo extremamente importantes na luta contra a pandemia, as vacinas não dispensam os cuidados individuais.
Cuidados pré-vacina
Os especialistas não recomendam misturar vacinas com diferentes finalidades. Ou seja, a pessoa precisa cumprir o intervalo de 14 dias caso a pessoa tenha recebido outra vacina para uma doença diferente da Covid-19 recentemente.
Além disso, também devem evitar o consumo de bebidas alcoólicas. “O sistema imune daqueles pacientes que são alcoolistas ficam imunodeprimidos, então é bom evitar”, explica Diniz.
Não podem receber a vacina as pessoas que apresentaram febre nas 24 horas antes da imunização. As pessoas que já tiveram contaminadas pelo novo coronavírus precisam aguardar 28 dias após o contágio para se vacinar. Os especialistas também não recomendam fazer preenchimento facial ou botox nos 15 dias antes da vacinação.
Enquanto isso, gestantes e lactantes podem receber a vacina contra a Covid-19 apenas com liberação médica. Pacientes oncológicos também precisam da avaliação de um oncologista. Assim, é possível saber se há comprometimento da imunidade para o tratamento quimioterápico.
Cuidados pós-vacina
Alguns dos cuidados necessários antes de tomar a vacina, devem também acontecer depois da imunização. Como por exemplo, o prazo de espera de 14 dias em relação à outras vacinas; evitar consumo de bebidas alcoólicas e uso de ácido hialurônico e botox pelos próximos 14 dias.
“O sistema demora pelo menos 14 dias depois da vacina para começar a produzir anticorpos, e a pessoa só fica protegida de fato depois da segunda dose [caso o imunizante não seja de dose única]. O tempo total dessa espera vai depender do espaçamento entre as duas doses, mas só quando a cobertura vacinal for ampliada [para além dos grupos prioritários] é que teremos a oportunidade de diminuir distanciamento e uso de máscara”, afirma a imunologista.
Além disso, a especialista destaca que as vacinas ainda não propõem uma cura para a doença ou evitam seu contágio. Assim, os imunizantes são uma proteção contra a doença, evitando o desenvolvimento de quadros graves.