Foto de remédios
Estudo com cloroquina é interrompido no Brasil após mortes de pacientes (Foto: Freepik)

Um estudo brasileiro sobre o uso da cloroquina em pacientes infectados com o novo coronavírus foi interrompido depois que 11 deles morreram, segundo informações do ‘The New York Times’.

O artigo divulgado no último sábado (11) no medRxiv, um plataforma da área de saúde, ainda não foi revisado pela comunidade cientifica e nem publicado em revistas especializadas.

A pesquisa, que estava sendo realizada em Manaus (AM), contava com a participação de 81 pessoas hospitalizadas com os sintomas de Covid-19.

Ainda de acordo com a publicação, metade dos participantes recebeu uma dose de 450 miligramas do medicamento, duas vezes ao dia, por cinco dias, enquanto os demais tomaram uma dose superior a 600 miligramas por 10 dias.

Os pacientes tratados com a dose mais alta da cloroquina começaram apresentar arritmia após três dias de tratamento e, no sexto dia de tratamento, 11 deles morreram, provocando a suspensão do estudo.

Além da cloroquina, eles receberam o antibiótico azitromicina, que está sendo usado em tratamentos nos Estados Unidos.

Um dos autores do estudo, o infectologista Marcus Lacerda disse à publicação norte-americana que a alta dosagem recomendada por autoridades chinesas é perigosa.

Lacerda ainda destacou que não foi possível verificar se o medicamento é eficaz nos pacientes em estado grave devido ao número reduzido de pessoas usando doses mais baixa, sendo necessário nos estudos para avaliar a cloroquina como tratamento da doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não há evidências concretas de que o medicamento possa ser utilizado no tratamento do novo coronavírus.

Segundo o diretor de operações da OMS, Michael Ryan, a agência aguarda os resultados para que possa recomendar oficialmente o remédio. No momento, a substância está em avaliação pela organização.

Com informações dos sites ‘Dw.com’ e ‘TecMundo’.

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