
Na madrugada desta sexta-feira (15), dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) chegaram a Manaus carregando cilindros de oxigênio. O carregamento saiu de Guarulhos, com o objetivo de ajudar no colapso dos hospitais da capital amazonense, que bateram recorde de internações por Covid-19.
Assim, com os leitos sobrecarregados, os hospitais ficaram sem oxigênio para os pacientes. Nesta semana, a mídia registrou imagens de médicos transportando cilindros nos próprios carros e familiares tentando comprar insumos para ajudar os internados.
Com isso, doentes foram levados para outros estados. Além disso, os cemitérios estão lotados, portanto instalaram câmaras frigoríficas.
De acordo com a FAB, os dois aviões que levavam os cilindros para Manaus saíram do Aeroporto Internacional de Guarulhos na noite de quinta-feira. Dessa forma, pousaram na capital amazonense na madrugada de hoje. No total, chegaram à Manaus 386 cilindros de oxigênio, com mais de 18 toneladas.
‘Muito grave’
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer que o governo não tinha transporte para levar o oxigênio. No entanto, afirmou estar tentando reverter a situação.
“A ponte aérea de oxigênio está impactada porque nós não temos os cargueiros específicos da FAB pra fazer isso. Então a situação em Manaus é muito grave. Estamos manobrando pra tentar reverter o quadro”, disse o ministro.
Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, durante uma transmissão ao vivo em uma rede social, Pazuello havia dito que há um “colapso” no sistema de saúde de Manaus. Além disso, no domingo, o governador do Amazonas, Wilson Lima, enviou um pedido de ajuda aos outros governadores brasileiros.
Na solicitação, Lima pedia ajuda por conta da “iminência a sofrer desabastecimento” de oxigênio no estado. O estado iniciou um toque de recolher por 10 dias no Amazonas, começando nesta sexta-feira. Sendo assim, nenhum morador por sair de casa entre 19h e as 6h. Com essa medida, o governo estadual tenta conter a propagação do vírus entre a população.