Nesta terça-feira (27), o Instituto Gamaleya e o Fundo de Investimento Direto da Rússia, responsáveis pela vacina contra Covid19, Sputnik V, divulgaram um comunicado onde questionam a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de recusar a importação do imunizante para uso no Brasil.
De acordo com as instituições russas, a posição da Anvisa não está relacionada ao “acesso do regulador à informação ou à ciência”. Também aproveitaram para rebater na nota as críticas dos conselheiros e da equipe técnica da Anvisa.
As entidades russas afirmaram, segundo a Agência Brasil, que não identificaram adenovírus competente para replicação nos lotes do imunizante, o que foi um dos pontos destacados pela Anvisa na recusa da importação. Segundo o Gamaleya e o Fundo de Investimento Direto, apenas os vetores adenovirais E1 e E3 são usados na fabricação da vacina e ambos não são perigosos para o corpo humano.
Além disso, na nota, informam que a qualidade e segurança da vacina seria garantidas por uma tecnologia de purificação através de quatro estágios. Sobre o ponto de falta de acesso aos locais de fabricação da Sputnik V, as entidades destacaram que a equipe da Anvisa teve acesso a todos os documentos relevantes e locais de pesquisa e produção.
No comunicado, também disseram que a eficácia e a segurança da vacina contra o novo coronavírus foram confirmadas por 61 reguladores nacionais em outros países onde o imunizante foi aprovado para uso. O estudo com a participação de 3,8 milhões de pessoas teria apontado 97,6% de eficácia contra a doença.