
Nesta segunda-feira (20), a Pfizer anunciou que os resultados preliminares de testes com a vacina contra a Covid-19 mostram que o imunizante é seguro e induz resposta imune em crianças de 5 a 11 anos de idade.
Ainda assim, os dados precisam passar por avaliação de outros cientistas, para depois serem publicados em uma revista científica. Os resultados são das fases 2 e 3 de testes, que foram feitos de forma simultânea pelas empresas.
Estudo
Ao todo, de acordo com o anúncio, participaram 4,5 mil bebês e crianças, entre 6 meses e 11 anos, dos Estados Unidos, Polônia, Espanha e Finlândia.
Destes participantes, 2.268 tinham entre 5 e 11 anos de idade, que receberam uma quantidade menor da vacina (10 µg), administradas com 21 dias de intervalos entre as duas doses. Segundo a Pfizer, a resposta de geração de anticorpos nestes participantes com menor dose foram iguais à registrada em pessoas de 16 a 25 anos.
De acordo com a farmacêutica, a vacina foi “bem tolerada, com efeitos colaterais geralmente comparáveis aos observados em participantes de 16 a 25 anos de idade”.
A empresa informou que é esperado que os resultados dos estudos da faixa etária de 6 meses a 5 anos sejam divulgados ainda neste ano. Essas faixas etárias foram divididas em dois grupos: de 6 meses até 2 anos e de 2 a 5 anos, e esses grupos receberam doses abaixo de 3 µg.
Dessa forma, as empresas ainda disseram que querem compartilhar os dados da pesquisa com as agências regulatórias de todo o mundo o mais rápido possível, mas não anunciaram datas.
Pfizer em adolescentes
A princípio, a vacina da Pfizer contra a Covid-19 está sendo aplicada em pessoas a partir dos 12 anos de idade, no Brasil e em outros países do mundo. A Anvisa autorizou o uso da vacina em adolescentes em junho, e até o momento é a única que pode ser aplicada em menores de 18 anos no país.
No entanto, na semana passada, o Ministério da Saúde recomendou que a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos contra a Covid-19 só deveria ser feita nos jovens que tivessem deficiência permanente, comorbidades ou que estivessem privados de liberdade.
Segundo a pasta, “os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos”. Ainda assim, especialistas criticaram e a própria Anvisa contestou a decisão, dizendo não haver evidências que justifiquem a decisão.
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