Foto do frigorífico fechado
Contratos de trabalho foram suspensos por determinação do MPT. (Foto: Reprodução/TV TEM)

Micheli Silva, moradora de Cabreúva, perdeu a mãe e o avô para o coronavírus. O pai dela, Vanuir Silva, é empregado do frigorífico de Cabreúva que foi autuado pelo Ministério Público do Trabalho depois de uma denúncia do poder público.

Vistorias indicaram que, além da empresa manter locais sem ventilação, havia aglomeração de funcionários, alguns sem máscara.

Uma liminar, divulgada na terça-feira (16), determinou a suspensão das atividades na empresa por 14 dias e determina que o retorno de cada funcionário seja autorizado somente após o diagnóstico negativo da doença.

Micheli e o pai, Vanuir Silva, que trabalha há cerca de 40 anos na empresa, também foram infectados pelo vírus.

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“É uma revolta, porque eles podiam, pelo menos, ter parado um pouco, priorizado os funcionários, feito os testes e afastado quem estava contaminado. Não priorizam a vida dos funcionários”, diz. “É difícil. É sofrido ver uma pessoa que você ama sentindo dor, com febre, e você não poder nem chegar perto para socorrer”, conta.

Denúncia

Dos 190 casos confirmados de coronavírus em Cabreúva, 57 são de funcionários da empresa. Segundo o G1, a fábrica tem, atualmente, um quadro de mais de 800 trabalhadores.

O Ministério Público determinou, além da suspensão de atividades, que o contrato de trabalho dos empregados seja interrompido, sem prejuízo na remuneração, ficando autorizado o uso de “interrupção contratual válida”, como férias coletivas, licença remunerada, entre outros benefícios.

A empresa também deve também fornecer equipamentos de proteção e insumos de higiene, como máscaras e álcool em gel, e acolher atestados médicos de afastamento por suspeita de Covid-19 ou por contato com pessoas que contraíram a doença.

Com informações do G1.