
No Brasil, a população enfrenta limitação na realização de testes para confirmar os casos do novo coronavírus, dificultando a avaliação real do quadro e a evolução da doença no país.
Com a quantidade de testes insuficientes para o tamanho da população, o Brasil precisou escolher quais casos devem ser priorizados, portando apenas casos graves são testados na rede pública e privada. Além disso, a população enfrenta a demora para obter os resultados.
De acordo com recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é realizar a testagem em massa, mas o governo brasileiro, no entanto, informou que o país não tem condições, mas no início desta semana revelou o plano para ampliar a capacidade de testes.
Para aumentar a demanda, a Anvisa aprovou pouco mais de uma dezena de novos tipos de testes para diagnosticar a Covid-19, e o Ministério da Saúde anunciou, no último domingo (22), a compra de 10 milhões de testes rápidos de um fornecedor chinês.
Nesta terça-feira (24), o governo disse que ampliará para 22,9 milhões o número de testes disponíveis através de doações, compra diretas e parcerias público-privadas.
Parte desses testes, 14,9 milhões servirá para testar, além de doentes internados, pessoas com sintomas leves, por amostragem – exame complexo, que necessita de laboratórios para a análise.
Já o teste rápido será usado para a triagem em alguns prontos-socorros e em profissionais de segurança pública e da saúde. “Orientação da OMS a gente segue. E está seguindo dessa maneira”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.
O Governo diz trabalhar com a ideia de que o Brasil seja um dos países com mais casos confirmados porque pretende ampliar significativamente essa capacidade de testes. E assim passe a ter também uma taxa de letalidade mais próxima da realidade.
Fonte: El País