
O governo de São Paulo afirmou, nesta quarta-feira (4), que o estado recebeu metade das doses previstas do imunizante da Pfizer do Ministério da Saúde. De acordo com o governador João Doria, as 228 mil doses que faltaram, impacta cronograma de vacinação de crianças e adolescentes e na previsão das flexibilizações do Plano São Paulo. “O estado de São Paulo recebe cerca de 22% das vacinas destinadas ao Brasil, de acordo com o proporcional de sua população. Tem funcionado dessa maneira, ontem foi interrompido sem justificativa. Qualifico como arbitrária essa decisão e representa quebra do pacto federativo. Compromete a vacinação de crianças e adolescentes”, disse Doria.
O coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, afirmou que além de impacta no cronograma de vacinação do estado, o não recebimento das vacinas da Pfizer impacta também nas flexibilizações em atividades de comércio e serviço do Plano São Paulo, previstas para o dia 17 de agosto.
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O secretário de saúde estadual, Jean Gorinchteyn, afirmou que a pasta enviou um ofício ao Ministério da Saúde para cobrar a entrega das 228 mil doses que não chegaram na remessa enviada na terça-feira (3). “A Secretaria de Estado da Saúde requer o envio complementar de pelo menos 228.150 doses da vacina da Pfizer em até 24 horas, considerando a relevância e urgência que a matéria se reveste e a fim de evitar prejuízos a população deste estado”, diz o ofício.
“O PNI é seguido de forma ética e planejada pelo governo do estado de São Paulo, delimitando faseamento e fazendo com que as prerrogativas sejam seguidas em favor da vida. O estado de São Paulo não pode nem deve ser surpreendido com uma medida tão descabida que compromete a aquisição de 230 mil doses da vacina que deixam de ser imunizadas num momento tão importante de proteção”, disse Gorinchteyn.