
O governo de São Paulo pode alterar a fase de restrições das cidades para uma mais branda a partir desta sexta-feira (16). Nesta quarta-feira (14), a secretária de Desenvolvimento Econômico do estado, Patrícia Ellen, informou que o governo está acompanhando as informações sobre a pandemia, e destacou que em algumas regiões, como na Grande São Paulo, o governo avaliou “grandes avanços”.
Desde segunda-feira (12), todos os municípios de São Paulo estão na fase vermelha, depois de ficarem 28 dias na fase emergencial do Plano SP. Na quarta-feira, o Estado registrou uma média móvel de 862 mortes diárias por Covid19 e a ocupação de leitos de UTI estava em 86,4%. Em Jundiaí, por exemplo, os leitos públicos de UTI registraram 87% de ocupação.
De acordo com especialistas, um índice de ocupação dos leitos que esteja acima de 80% classifica problemas no sistema de saúde do Estado. Além disso, esta semana São Paulo ultrapassou a marca de 85 mil por Covid19 desde o início da pandemia.
Sinal de alerta
Após uma alta em março, os índices de ocupação de UTIs e internações no estado de São Paulo pararam de aumentar em abril. No entanto, os números registrados nos últimos dias ainda são maiores que os verificados no pico da primeira onda, no ano passado. Além disso, não há tendência de queda nas mortes e casos positivos.
Segundo médicos, com a taxa de ocupação dos leitos superior a 80%, São Paulo acende o sinal de alerta para colapso no sistema de saúde. Além das internações diárias, as unidades hospitalares do estado lutam contra a falta de medicamentos para as intubações de pacientes infectados.
Durante a mesma coletiva de imprensa em que foi comentado sobre o avanço de São Paulo nos índices da pandemia, o secretário da Saúde mencionou o envio de um ofício ao governo federal solicitando o envio dos medicamentos do “kit intubação”, em até 24 horas, para evitar o possível colapso nos hospitais.
Com dados contabilizados desde o início da pandemia, o Estado de São Paulo já ultrapassou a marca de 85 mil mortes causadas pela Covid19. Além disso, SP já registrou mais de 2 milhões de casos da doença.
Apontando uma redução de 3% na média móvel de mortes, comparando com os últimos 14 dias, especialistas indicam a tendência de estabilidade nos índices. O mesmo é visto com a média móvel de casos da doença, com uma queda de 13% em comparação com as últimas duas semanas, o que também demonstra a tendência de estabilidade nos números.