Alunos em sala de aula, usando máscaras de proteção

As escolas públicas e privadas do estado de São Paulo poderão escolher a quantidade de alunos que receberão presencialmente a partir de agosto, segundo anunciado nesta quarta-feira (16), pelo governador do Estado João Dória.

Atualmente, o limite de estudantes que as escolas podem atender por dia é de 35%, de acordo com os protocolos sanitários. “O governo de SP vai ampliar a retomada das aulas presenciais agora em agosto. Neste novo plano, a partir de agosto cada escola deverá determinar a capacidade de acolhimento total dos alunos, de acordo com a sua realidade. E, claro, desde que sejam respeitados todos os protocolos” diz o governador.

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“Naquela escola em que a sala de aula não conseguirá o distanciamento de 1 metro [recomendado pela OMS], fará o distanciamento se necessário. E digo se necessário, pois tomamos que em agosto decidimos como não obrigatório a volta às aulas. As famílias ainda poderão optar […] Em junho e julho, estaremos olhando as condições epidemiológicas”, afirmou o secretário da Educação, Rossieli Soares.

Cada escola deverá cumprir os protocolos de limite de presença, que passa a ser a capacidade física das escolas, e não mais o número de matrículas, e o distanciamento físico, reduzido de 1,5 metro para 1 metro entre as pessoas.

“Escolas abertas de forma segura é fundamental […] É importante a gente lembrar: a escola é um espaço que busca garantir o aprendizado, a socialização, a construção desse futuro com a proteção social. A escola para crianças é o espaço que faz com que todo esse conjunto possa ser dado a todas elas […] Todo o esforço que fizemos não vai substituir nunca a escola presencial” comenta o secretário.

Segundo Doria, ainda foram adquiridos 3 milhões de testes de covid-19, que serão destinados aos profissionais da educação e aos estudantes da rede pública estadual. A aplicação ocorrerá em parceria com as secretarias municipais de Saúde. As ações envolverão o teste de casos sintomáticos e dos que tiveram contato com dois ou mais pessoas contaminadas, além do monitoramento apelidado como “sentinela”.

Na perspectiva do secretário, quanto mais tempo as escolas permanecerem fechadas, maior será o déficit educacional. “Fizemos uma pesquisa (em 2019) sobre as competências sócio emocionais e mostramos que os alunos do 6º ao 9º ano tem menos habilidades sócio emocionais desenvolvidas. Se isso aconteceu antes da pandemia, imagine o que eles terão durante e depois dessa pandemia? A escola que vai estar ali para desenvolver essas competências sócio emocionais. A gente precisa apoiar os alunos”. A mudança já era estudada pela gestão de São Paulo.