João Doria visita o Instituto Butantan para a liberação de novas doses de vacina. (Foto: Governo do Estado de São Paulo)
João Doria visita o Instituto Butantan para a liberação de novas doses de vacina. (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Neste domingo (11), o governador João Doria deverá anunciar durante coletiva de imprensa mais um plano para antecipação da vacinação da população geral do Estado de São Paulo contra a Covid19, com a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos de idade. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o anúncio prévio do Governo de SP, a data final do cronograma de imunização de adultos será antecipada de 15 de setembro para 20 de agosto. Assim, adolescentes de 12 a 17 anos começaram a receber as doses da vacina a partir de 23 de agosto. Este grupo é composto por uma população estimada de 3,2 milhões de pessoas, e também obedecerá a divisão por grupos.

Dessa forma, de 23 de agosto a 5 de setembro, serão atendidos jovens de 12 a 17 anos com comorbidades previstas pelo Ministério da Saúde, e deficiências permanentes. Depois disso, de 6 a 19 de setembro, os adolescentes de 15 a 17 anos.

São Paulo será o primeiro estado com esse plano de vacinação no país. Outros estados, como o Mato Grosso do Sul, deixaram o planejamento de vacinação a critério de cada cidade. A expectativa de antecipação e ampliação do calendário de vacinação contra Covid19 do governador João Doria conta com a perspectiva de que a Pfizer continue enviando as doses do imunizante, que é o terceiro mais utilizado no Brasil até o momento.

Adiantamento e pressão ao governo federal

João Doria já adiantou o calendário de imunização da população geral de São Paulo duas vezes. Inicialmente, havia certo temor sobre o plano considerado ambicioso do governador. No entanto, agora a área técnica do governo calcula que será possível seguir o planejamento.

Se tudo seguir como o planejado, o Governo de SP deverá pressionar o governo federal para adiantar a distribuição da segunda dose no Estado, principalmente das vacinas que precisam de um maior intervalo entre as doses, como a AstraZeneca e a Pfizer. No Brasil, os imunizantes são aplicados com 12 semanas de intervalo.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, expressou preocupação com a possibilidade de uma falsa sensação de cobertura vacinal, sobretudo com o risco de emergência da variante Delta da Covid19, a mais infecciosa já registrada.

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