Homem sendo vacinado em Jundiaí
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Na noite desta segunda-feira (24), o Ministério da Saúde anunciou a liberação da vacina bivalente de reforço contra Covid-19 para qualquer pessoa acima de 18 anos de idade.

Podem receber a bivalente quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes, como Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer. A aplicação da bivalente deve acontecer em um intervalo de pelo menos quatro meses desde a última dose.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, pessoas entre 5 e 17 anos devem receber ainda o reforço com a vacina monovalente disponível. O esquema vacinal de bebês e crianças entre 6 meses e 4 anos já contempla três doses da vacina Pfizer baby, com menor dosagem da vacina adulta.

Baixa procura

A decisão ocorre após dois meses de campanha de vacinação com baixa procura pela imunização de reforço. O cenário é de vacinas paradas nos estoques do Ministério.

De acordo com a pasta, desde o início da campanha, apenas 16,3% da população-alvo recebeu a dose extra. A vacina bivalente oferece uma proteção adicional contra mutações do vírus da Covid.

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Campanha de vacinação

A princípio, o público-alvo desse imunizante contava com 61 milhões de pessoas aptas. A primeira fase da campanha, no final de fevereiro, focava em 52 milhões de brasileiros. Nesta etapa, a vacina poderia ser aplicada em profissionais da saúde e pessoas em situação de risco de desenvolver formas graves da Covid, como idosos, grávidas e puérperas, e imunossuprimidos.

Assim, no final de março, o governo ampliou a vacinação com o reforço para cerca de 9 milhões de pessoas com comorbidades. No entanto, até agora, apenas 10 milhões de pessoas foram aos postos de saúde receber o imunizante bivalente. Além disso, a maioria são idosos com mais de 60 anos de idade.

De acordo com anúncio da Pfizer, a farmacêutica entregou ao governo brasileiro 47,6 milhões de doses da vacina bivalente até 12 de abril. Ou seja, o Ministério da Saúde pode ter um estoque de cerca de 37 milhões de vacinas com validade de 18 meses a partir da data de fabricação.

O governo federal recomenda que estados e municípios decidam a organização da nova etapa da vacinação com a bivalente, de acordo com os estoques locais e a realidade de cada região.