Neste domingo (3), a Índia aprovou o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19 para serem utilizadas no país. Uma delas é a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca; a outra é a Covaxin, que é produzida pela empresa indiana Bharat Biotech, em colaboração com agências governamentais.

Sendo o segundo país com mais casos de infecção pela doença no mundo, a aprovação na Índia representa um passo importante para o controle da pandemia no país.

O uso emergencial da vacina da Oxford também já foi aprovado no Reino Unido e na Argentina. Na Índia, o imunizante é chamado Covishield, e é produzido pelo Instituto Serum.

De acordo com a Serum, o objetivo é fabricar 1 bilhão de doses da Covishield para vender a preço de custo a países pobres. Desta quantidade, já foram produzidas até o momento entre 40 milhões e 50 milhões de doses.

A Fundação Bill & Melinda Gates doaram US$ 300 milhões para ampliar a capacidade da produção. Assim, a previsão da Serum é aumentar a produção para 100 milhões de doses por mês até fevereiro.

Eficiência da Covaxin

A Covaxin, que também foi aprovada neste domingo, não gera efeitos colaterais graves e produz anticorpos para a Covid-19, de acordo com os primeiros estudos clínicos.

No entanto, a aprovação do imunizante aconteceu antes da conclusão da fase 3 de testes. Essa fase é considerada essencial para garantir a eficácia da vacina, o que gerou críticas. “A aprovação foi prematura e pode ser perigosa”, disse o parlamentar oposicionista e ex-ministro da Saúde Sashi Tharoor.

De acordo com a agência France Presse, com base em fontes oficiais, nesta sexta-feira o país já tinha registrado 148.994 mortes e 10.286.709 casos de contágio desde o início da pandemia. Assim, fica em segundo lugar no ranking de países com mais casos e mortes no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

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