Governador João Doria durante coletiva de imprensa sobre a produção da Coronavac nesta quinta (10)
Foto: Reprodução/TV Globo

Nesta quinta-feira (10), o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que o Instituto Butantan iniciou o processo de envase da CoronaVac. A vacina contra a Covid-19 é produzida pelo laboratório chinês Sinovac, que tem uma parceria com o instituto paulista.

“O Instituto Butantan iniciou ontem a produção da vacina do Butantan, a CoronaVac, aqui na sede do Butantan em São Paulo. Esta é a produção brasileira do Butantan, que está produzindo aqui com insumos que vieram da Sinovac, a vacina do Brasil, a vacina do Butantan. Um momento histórico que orgulha a todos nós brasileiros”, disse o governador durante coletiva de imprensa na sede do Butantan.

O imunizante ainda está passando pela terceira fase de testes. Nessa etapa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa liberar a vacina depois da eficácia comprovada na proteção contra a doença.
De acordo com o Governo de SP, o processo de produção começou na quarta-feira (9), na fábrica do Butantan. O local tem 1.880 metros quadrados e terá o reforço de mais 120 profissionais, com funcionamento 24 horas por dia. Até então, o Instituto tem 245 colaboradores.
É esperado que a fábrica consiga envasar entre 600 mil e um milhão de doses da vacina por dia. O primeiro lote da CoronaVac será de cerca de 300 mil doses. Assim, até janeiro de 2021, são aguardadas 40 milhões de doses envasadas no local.

Matéria-prima da vacina

Já chegaram em São Paulo 120 mil doses prontas da CoronaVac. Além disso, o governo do estado também recebeu uma carga de insumos vindos da Sinovac, que podem virar até 1 milhão de doses da vacina. Esses insumos são a matéria-prima, os “ingredientes” necessários para a finalização da vacina.

Agora, é responsabilidade do Instituto Butantan concluir a última etapa da fabricação do imunizante no país. De acordo com o acordo fechado entre o instituto e o laboratório chinês, São Paulo deve receber 6 milhões de doses prontas e ainda 40 milhões de doses devem ser formuladas e envasadas por aqui.

Mais gente interessada

João Doria também afirmou que mais dez estados brasileiros solicitaram doses da CoronaVac. Em um vídeo gravado no Palácio dos Bandeirantes, ao lado de Gladson de Lima Camel, governador do Acre, Doria não diz quais são os dez estados.

Ainda nessa quinta-feira (10), o Instituto Butantan deve firmar um protocolo de intenção de fornecimento das doses com a Fecam (Federação Catarinense de Municípios).

“Hoje 12 estados do país, incluindo São Paulo, já formalizaram a solicitação para a vacina do Butantan. E 912 municípios de todo o Brasil também já demonstraram interesse da mesma forma, formalmente, para obter a vacina do instituto Butantan para a imunização dos seus trabalhadores de saúde”, afirmou Doria.

Para que a CoronaVac possa começar a ser distribuída para a população, o Instituto Butantan precisa enviar um relatório para a Anvisa, que previsa aprovar o uso do imunizante. De acordo com o instituto, esse documento deve ser enviado ainda em dezembro. Assim, a Anvisa deve finalizar a análise dos requisitos para a aplicação até a primeira semana de janeiro de 2021.

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Com informações do G1.