Vinicius à esquerda e Jessica à direita, trabalham em casa
Home office é saída para evitar a proliferação do vírus no ambiente organizacional. (Foto: Arquivo pessoal)

Desde o dia 12, Jéssica Lofrano Davet de 23 anos, colaboradora de uma empresa de automação e digitalização de sistemas, trabalha de casa.

O home office, como é chamado o esquema de trabalho em que o trabalhador cumpre seu horário em casa de forma remota, tem sido uma das medidas adotadas pelas empresas e escritórios para conter a proliferação do novo coronavírus.

Além de mais segurança, quem foi dispensado para o home office, também ganha com a flexibilidade – mas há desafios.

“Trabalhamos todos com a máquina da empresa, inclusive os estagiários”, diz Jéssica. “Mas o maior desafio está ligado a essa questão da tecnologia. Os servidores ficam sobrecarregados e fica um pouco complicado. A empresa está a cada dois dias enviando dicas de boas práticas para descentralizar o uso de alguns sistemas, horários alternativos e dicas de saúde e segurança”, destaca a compradora técnica.

As reuniões oficiais são feitas pelo sistema da companhia e o aplicativo de mensagens WhatsApp, além de socorrer os servidores evitando a sobrecarga, também facilita a comunicação para assuntos mais corriqueiros.

Vinicius Martinez, de 23 anos, colaborador de uma empresa do ramo educacional que também optou pelo home office, garante que a ferramenta comumente utilizada para o bate-papo entre amigos está ajudando na comunicação entre os membros do setor.

“Montamos um grupo no WhatsApp para se comunicar. Na segunda-feira (16), quando decidimos pelo home office, já alinhamos o que cada um deveria fazer e em caso de dúvidas, o ideal seria despachar no grupo ou por chamada de vídeo”, explica. “Claro que para isso precisa que toda equipe seja responsável e faça o que foi proposto”, ressalta.

Compromisso com o trabalho

Essa é um dos principais desafios ao optar pelo trabalho home: garantir que todos os colaboradores estejam trabalhando e cumprindo com suas tarefas.

Segundo Maria Aparecida Feliciani, diretora-presidente do Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos no Comércio (SEACC) de Jundiaí, os empregados terão que ter a consciência que mesmo estando em casa o supervisor ficará online para verificação do serviço executado.

“O empregado ainda não tem o habito de trabalhar dessa forma, ele terá que se acostumar e seguir regras também como se estivesse dentro da empresa”, afirma.