
Os 25 lotes da vacina CoronaVac que foram interditados de forma cautelar no início de setembro foram recolhidos conforme determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (22).
Publicada no Diário Oficial da União (DOU), a agência afirma que a decisão foi tomada após a constatação de que os dados apresentados pelo laboratório chinês não comprovam a realização do envase em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação. Ao todo, a Anvisa havia interditado 12,1 milhões de doses que foram produzidas pela Sinovac, na China, em uma fábrica não inspecionada e aprovada pela agência.
O Ministério da Saúde não informou quantas doses do lote foram aplicadas no país. O estado de São Paulo divulgou os números e disse ter aplicado 4 milhões de doses, o que corresponde a cerca de 19% de 21 milhões de doses da CoronaVac aplicadas no estado ao longo de toda a campanha de vacinação contra a Covid-19.
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O governo paulista defende a segurança e eficácia do imunizante e afirma que o estado não registrou nenhuma intercorrência com as vacinas da CoronaVac aplicadas de lotes que foram suspensos.
Em nota, o Instituto afirma que a medida anunciada nesta quarta-feira (22) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia sido determinada pelo governador João Doria há uma semana, com a substituição voluntária das doses interditadas. “As primeiras 1,8 milhão de doses distribuídas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) já foram substituídas por vacinas produzidas pelo Butantan com IFA proveniente de fábrica na China, certificada previamente pela Anvisa”, diz a nota.
O texto ainda destaca que a medida cautelar atinge, exclusivamente, as 12 milhões de doses que foram envasadas em uma planta (fábrica) específica da biofarmacêutica chinesa Sinovac, não tendo impacto em qualquer outro lote, especialmente os fabricados no Brasil.