
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é contrário ao movimento de empresários pela abertura dos comércios em todo o país. Para ele, quem protesta hoje será o mesmo confinado em casa daqui a duas semanas. Ainda segundo o ministro, a entrada do vírus no Brasil aconteceu com a elite econômica e o sistema de saúde brasileiro precisa ser preservado neste momento para garantir atendimento a todos. Em Jundiaí houve carreata de empresários, tentativa de conversa com o prefeito e até hostilização de uma equipe de imprensa.
Na contramão do presidente Jair Bolsonaro – favorável ao movimento – o ministro afirmou que os profissionais de saúde ainda não possuem materiais adequados e em número suficientes para atender a demanda da população caso a circulação de pessoas voltasse ao normal.
Empresários de Jundiaí prometem nova investida contra a ação da prefeitura em deixar os comércios fechados. A alegação é de queda no faturamento e a possibilidade de demissões. Sobre as manifestações contra o isolamento, o ministro disse em entrevista coletiva na tarde sábado que nesse momento de pandemia surgiram muitos ‘professores e doutores’ em epidemiologia.
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Apontou também que o Covid19 é diferente da H1N1 porque ataca não só a saúde como também a alta economia, a educação, enfim todas as estruturas da sociedade e que o ministério vai se mover pela ciência e pela parte técnica com planejamento priorizando a racionalidade.
Estudo
A Cloroquina é um dos medicamentos ainda em estudo para tentar combater o avanço da Covid19. Mandetta revela que ainda não há comprovação científica sobre a eficácia do remédio. Ele alerta que o uso indevido do medicamento pode ocasionar muitos mortes. A cloroquina pode causar arritmia e sobrecarregar as funções do fígado. O remédio é indicado para o tratamento do lúpus, artrite reumatoide e malária.