
Ricardo Petraco, cardiologista brasileiro, está no Reino Unido e se prepara para ser imunizado contra a Covid-19. Ainda essa semana, ele e a equipe do Hammersmith Hospital, em Londres, foram notificados sobre a vacinação, que ainda não tem data definida para acontecer.
A vacina aprovada pela governo britânico foi a desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, nesta quarta-feira (2). “O hospital informou a todos os médicos e profissionais de saúde que nos próximos dias ou semanas vai ser colocada em prática uma estrutura para permitir que a vacina atinja os profissionais de saúde do hospital”, afirma o médico, que também é professor do Imperial College.
De acordo com uma divulgação do governo do Reino Unido, um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo sistema público de saúde. As equipes do Hammersmith Hospital foram convocadas a trabalhar nos finais de semana. Por isso, Ricardo acredita que nestes momentos os médicos serão treinados para aplicarem a vacina na população. “É um sinal de que está chegando logo, a gente não tem ideia exatamente quando”, relata.
O médico, que é natural de Porto Alegre e vive em Londres desde 2005, atua como cardiologista no hospital que faz parte do Imperial College. A instituição é referência em estudos de saúde que medem a taxa de transmissão da Covid-19.
Estrutura
Além disso, Ricardo conta que o Reino Unido se prepara para receber uma estrutura “grande e complexa”, para imunizar a população rapidamente.
“Uma vacinação de crianças, em situações normais, exige alguns profissionais aptos a fazer isso. Mas para vacinar 50 milhões de pessoas, em seis meses, não vai ser só esses que vão dar conta do recado. Por isso, estão pedindo pra todo mundo que está disponível ajudar”.
“Acho que efeitos colaterais virão, no futuro, mas [a vacina] é a possibilidade de salvar a população, e voltar a uma normalidade, está todo mundo de saco cheio de ficar em casa, e a economia estagnada, todo mundo quer uma vida normal de volta”, comenta.