Nove de Julho em Jundiaí sem carros
No sábado, o estado de SP registrou 55% de isolamento social; o recomendado é 70%. (Foto: Cléber de Almeida)

As mais de 1 mil mortes por coronavírus registradas pelo Ministério da Saúde no sábado (11), fez com que os técnicos do governo federal, reforçarem a importância do distanciamento social.

Eles reiteraram que não é hora de relaxar as medidas de isolamento social, principalmente em cidades com alta incidência.

“Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro são os locais onde nós não podemos relaxar ainda com as medidas de distanciamento social e esta conversa tem sido regular. O momento é de pensar em distanciamento social, lavar as mãos com frequência, cobrir o rosto ao tossir e espirrar, usar as máscaras como nos mencionamos anteriormente. Se estiver doente, ficar em casa. Medidas de higiene, de etiqueta social e as medidas de distanciamento social são as únicas e mais eficientes armas que nós dispomos no momento”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.

Em São Paulo, o isolamento deve, não só ser respeitado, como também ampliado.

“Nós estamos observando em São Paulo que para se ter um efeito mais significativo ou um resultado, um benefício do distanciamento social, este distanciamento social deveria estar em torno de 70%. Ainda não está no momento de relaxamento da situação em São Paulo. É o que dizem as próprias autoridades locais e é o que a gente vem observando”, afirma Wanderson.

No sábado (11), por exemplo, o isolamento social, segundo o sistema de monitoramento inteligente, era de 55%.

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“Obviamente todo esse desafio implica numa compreensão da população e numa adesão da população para que ela compreenda que estas medidas são justamente para proteger quem eles mais gostam, que é sua família, pessoas mais velhas e também a sua comunidade”, completou.

Testes

Segundo o G1, um dos próximos objetivos é aumentar a testagem dos pacientes.

“Vamos iniciar muito em breve uma estratégia para testagem de casos leves. Isso vai se dar de modo gradual, porque precisamos garantir que primeiro os casos graves sejam identificados corretamente porque a testagem do caso grave é para auxiliar no manejo do caso dentro do hospital. Agora há pouco eu chequei, 151 mil amostras. Toda hora aumenta. Amostras em investigação”, diz o secretário Wanderson Oliveira.

Um programa piloto, anunciado pelo secretário, deve aumentar o número de testagem de 4,2 mil amostras por dia para 30 a 50 mil.

Manaus

Segundo o Ministério da Saúde, Manaus tem a situação mais preocupante. Na cidade, a capacidade do sistema de saúde está a beira do colapso.

‘É uma sobreposição de duas epidemias. A epidemia de coronavírus junto com a epidemia de influenza. Então, há uma concomitância ali, uma sobreposição dessas duas curvas. A realidade de Manaus hoje no país talvez seja a mais próxima de uma tomada de decisão mais incisiva caso a população permaneça não aderindo às orientações das autoridades de saúde locais”, explica o secretário.

Respiradores e profissionais de saúde de outras partes do Brasil estão sendo enviados para atender a demanda. Ainda no sábado (11), Mandetta confirmou a construção de um hospital de campanha.

“Nós vamos colocar recursos para Manaus para que eles possam, imediatamente, colocar 350 leitos em funcionamento. Mandamos ontem 20 equipamentos, 20 respiradores para aumentar sua capacidade de atendimento em UTIs. Vamos mandar mais 20 respiradores ainda para Manaus. Estamos, a partir de segunda-feira, encaminhando médicos intensivistas de outros hospitais do país, alguns do Rio Grande do Sul, outros de outros locais, para ajudar no atendimento desses pacientes em Manaus“, afirma o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.

Com informações do G1.