
O Ministério da Saúde anunciou no sábado (21) que distribuirá 10 milhões de testes rápidos para ampliar o número de pacientes testados para o novo coronavírus no país.
Atualmente, são avaliados apenas os casos considerados graves devido ao número de testes disponíveis. Os pacientes com sintomas leves não recebem a confirmação do vírus.
O secretário de Vigilância, Wanderson Oliveira, afirma que primeiro será distribuído aos estados um carregamento com 5 milhões de testes rápidos, que devem chegar em até oito dias.
Nas próximas semanas, o ministério vai ampliar o número para 10 milhões de kits de testagem, avaliados a R$ 75 cada.
O secretário destaca que a pasta está em negociação com empresas para que os testes sejam conseguidos por meio de doações, mas se não conseguir negociar, o ministério fará a aquisição com os próprios recursos.
Os testes serão usados primeiro nos profissionais de saúde e, segundo Wanderson, serão enviados para Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o Brasil.
O ministério ainda não divulgou de qual fornecedor será comprado os lotes de testes.
O secretário também adianta que o ministério pretende implantar um sistema parecido ao da Coreia do Sul, usando um “drive-thru” de testes em alguns centros para aumentar a oferta.
Hoje, o ministério informa que disponibilizou 27 mil testes para todos estados brasileiros. Eles são do tipo laboratorial, que analisa o muco e saliva para identificar material genético do vírus.
No entanto, esse tipo de teste necessita do processamento de técnicos e podem demorar dias para que se obtenha um resultado, que é mais preciso.
No caso do teste rápido, a verificação é feita por meio de uma gota de sangue, como uma aferição de glicemia realizada por diabéticos. Com isso, seria possível saber o resultado em poucos minutos a partir da presença de antígenos ou anticorpos.
Fonte: Folha de S. Paulo