
As empresas farmacêuticas Moderna e Pfizer informaram que irão testar a eficácia de suas vacinas contra a nova cepa do coronavírus, que surgiu no Reino Unido. Além disso, a AstraZeneca disse que também realizará novos estudos e afirmou que sua vacina desenvolvida junto da Universidade de Oxford deve ser eficaz.
De acordo com a agência Reuters, a Pfizer com sua parceira BioNTech irá realizar novos testes antes de enviar as 12,5 milhões de doses à União Europeia. Este envio está previsto para acontecer até o final do mês.
Ugur Sahin, executivo-chefe da BioNTech, disse que a empresa espera obter os resultados contra a nova variante nas próximas duas semanas. “Não existe razão para estar preocupado ou alarmado até recebermos os dados”, disse Sahin.
A Moderna também testará a eficácia de sua vacina na nova cepa. Através de uma nota, foi informado que os estudos devem começar nas próximas semanas.
“Com base nos dados obtidos até o momento, esperamos que a imunidade induzida pela vacina da Moderna seja protetora contra as variantes descritas recentemente no Reino Unido. Iremos realizar testes adicionais nas próximas semanas para confirmar essa expectativa”, diz a nota da Moderna.
Eficácia da AstraZeneca
Em nota enviada para a Globo, a AstraZeneca informou que sua vacina deve ser eficaz contra a nova cepa do vírus. O imunizante da empresa contém o material genético da proteína Spike, que é a responsável pela entrada do vírus nas células. Assim, as alterações no código genético da nova mutação não parecem alterar a estrutura da proteína.
No entanto, a AstraZeneca não descartou a necessidade de mais estudos. “Mesmo com as mutações recentes, acreditamos que a vacina ainda deve ser eficaz. No entanto, estudos estão em andamento para investigar totalmente o impacto dessa mutação”, disse a empresa.
O Reino Unido identificou a nova cepa do coronavírus e, de acordo com estudos preliminares, tem um potencial de transmissão 70% maior que a outra “versão” da doença. Essa nova cepa já circula por outros países da União Europeia, como a Holanda e a Itália.