Pesquisador analisando amostras em laboratório
Foto: Envato Elements

Um estudo publicado pela revista científica Nature na última quarta-feira (15) revelou que o corpo humano pode ficar protegido contra o novo coronavírus por mais tempo do que pesquisas anteriores apontaram.

O grupo de pesquisadores chegou a essa conclusão depois de analisar uma “lembrança” de um tipo específicos de células de defesa, as células T. Para fundamentar a teoria, os cientistas utilizaram análises do coronavírus que causou a Sars, doença que se espalhou entre 2002 e 2003.

A descoberta mostrou que níveis de anticorpos contra a Covid-19 atingem pico em três semanas após o início dos sintomas, mas diminuem rapidamente logo depois disso – exceto as células T. Pesquisadores de Singapura identificaram células T ativas contra o vírus da Sars 17 anos depois.

“[A descoberta] apoia a noção de que pacientes com Covid-19 desenvolverão imunidade a longo prazo pelas células T”, disseram os pesquisadores.

Como divulgou a EXAME, o estudo também esquenta um debate em curso há meses: o de que a proteção contra outros tipos de vírus possa, de forma cruzada, agilizar a resposta do organismo ao Sars-Cov-2.

Paulo Lotufo, epidemiologista da USP, diz que a descoberta é sem dúvida uma notícia positiva, mas ressaltou que o novo coronavírus atua de forma mais ampla no organismo. “Em termos de virulência, os vírus são bem diferentes”, afirmou, em entrevista à GloboNews.

Com informações da EXAME e GloboNews.

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