Tubos de sangue sendo analisados em laboratórios
Foto: Envato Elements

Pela primeira vez, o Brasil passou a Itália em número de novos infectados em 24 horas. No país europeu, enquanto o coronavírus mostra queda, no Brasil, a doença toma o sentido contrário.

Entre quarta e quinta-feira (23), foram 3.735 novos pacientes diagnosticados com Covid-19 no Brasil. Na Itália, segundo números da OMS, foram 3.370 novos casos da doença.

O número de mortes entre italianos ainda é alto, mas em 24 horas, as nações encostaram na mesma casa de centena. Lá, foram 437 em 24 horas, aqui, 407.

O país tem um total de 187.327 casos confirmados e é o terceiro país mais afetado pela doença, atrás de Estados Unidos (800.926) e Espanha (208.389).

Brasil segue o caminho da Europa?

Comparar o Brasil a países que já enfrentaram os picos da doença é delicado, uma vez que fatores locais e metodologias interferem as estimativas, assim como dados oficiais e subnotificação.

Na Itália, a primeira morte foi registrada no dia 20 de fevereiro e o pico, segundo o presidente do Instituto Superior de Saúde da Itália, Silvio Brusaferro, teria acontecido no dia 31 de março, 39 dias depois. No Brasil a primeira morte foi registrada em 15 de março.

Os casos da Covid-19 na Itália começaram a mostrar redução em abril e agora, dia a dia, o número de curados começa a superar o de infectados.

Segundo divulgou o UOL, o Departamento de Proteção Civil informou que 3.033 pessoas receberam alta ou foram consideradas curadas em  24 horas, enquanto que, no mesmo período, foram confirmados 2.646 diagnósticos.

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“É sensato acreditar que adotaremos [a flexibilização do isolamento] a partir de 4 de maio”, disse o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, na terça (21), já mirando a retomada do país.

No Brasil, o pico de casos deve ocorrer em maio.

“Em relação aos números, sobre casos novos e óbitos, a gente teve um aumento nos óbitos que foi acima do que vinha acontecendo anteriormente”, afirmou o ministro Nelson Teich. “A gente não sabe se isso representa um esforço de fechar os diagnósticos ou se representa uma linha de tendência de aumento”, completou.