
Com máscaras, óculos de proteção, touca e uma roupa hospitalar, o rosto daqueles que ocupam a linha de frente no combate à pandemia de coronavírus não são mais visíveis.
Os pacientes, que já não ganham abraço dos parentes, também ficam sem o sorriso reconfortante dos médicos, escondido por de trás de tantos equipamentos de proteção.
Em Los Angeles, nos Estados Unidos, o médico Robertino Rodriguez, especialista em terapia respiratória, notou que a falta dessa expressão de conforto fazia diferença.
“Ontem me senti mal pelos meus pacientes em sala de emergência quando entrava na sala com o rosto coberto de EPI. Um sorriso tranquilizador faz uma grande diferença para um paciente assustado. Hoje fiz um distintivo laminado gigante para o meu EPI. Para que meus pacientes possam ver um sorriso tranquilizador e reconfortante”, declarou o especialista que resolveu colar uma foto sua no uniforme.
A atitude se espalhou. Inspirados pelo médico, outros profissionais adotaram o novo formato de apresentação.
“Achei que era uma maneira bonita de trazer facilidade aos nossos pacientes durante esse período estressante”, disse o enfermeiro Derek Devault, que imitou o terapeuta.
“Obrigado a todos os profissionais de saúde por lutarem nas linhas de frente. Para todos aqueles que estão em casa, um grande grito para vocês! Eu sei que isso também não é fácil”, afirmou.
Com uma câmera Polaroid, ela improvisou um crachá.
“Olá, eu sou a Peggy! Estamos aqui para cuidar de você!”, diz a mensagem colada no uniforme.
“Eu não tinha uma foto pré-impressa ou uma impressora colorida, então minha Polaroid fez isso. Eu queria trazer um toque pessoal para cuidar de pacientes através do meu EPI. Minha esperança é que nossos pacientes saibam que há um sorriso tranquilizador sob essa máscara e que estamos aqui para eles”, concluiu.
A iniciativa de Rodriguez cruzou o oceano e chegou ao Brasil.
Na segunda (13), o terapeuta recebeu uma foto de profissionais de saúde brasileiros com suas fotos coladas na roupa especial.
Os técnicos de enfermagem Bruno e André e a enfermeira Elisângela, de um jeito ou de outro, compartilharam sorrisos com seus pacientes.
Com informações do Estadão.
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