Nesta quinta-feira (26), a Pfizer e a BioNTech anunciaram um acordo com a farmacêutica brasileira Eurofarma para a produção de doses prontas da vacina contra Covid-19 no Brasil. De acordo com o anúncio, foi assinada uma carta de intenção e a distribuição das doses será exclusivamente para a América Latina.

Segundo o comunicado das empresas, a Eurofarma deverá receber o produto para fabricação das vacinas a partir de instalações nos Estados Unidos. A produção das doses no Brasil deve ter início em 2022 e a produção anual deve ultrapassar 100 milhões de doses.

Vacina para todos

Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer, diz que o acordo permitirá um acesso justo e equitativo à vacina contra a Covid-19.

“Todos – independentemente da condição financeira, etnia, religião ou geografia, merecem acesso às vacinas contra a Covid-19 que salvam vidas. Nossa nova colaboração com a Eurofarma expande nossa rede global de cadeia de suprimentos – nos ajudando a continuar fornecendo acesso justo e equitativo à nossa vacina”, disse.

“Continuaremos a explorar e buscar oportunidades como esta para ajudar a garantir que as vacinas estejam disponíveis para todos os que precisam.”

“A parceria de hoje é um passo importante para ampliar o acesso às vacinas na América Latina e além, expandindo nossa rede de fabricação global ”, ressaltou o CEO e cofundador da BioNTech, Ugur Sahin.

Pfizer

A vacina da Pfizer/BioNTech foi a primeira a conseguir registro definitivo para uso no Brasil. Além disso, é o único imunizante autorizado para adolescentes de 12 a 17 anos. Segundo dados do Localiza-SUS, 17,5% da população foi vacinada com a Pfizer, o que equivale a mais de 30 milhões de brasileiros.

A Pfizer será a terceira vacina contra a Covid-19 fabricada no Brasil. Até o momento, a CoronaVac, da chinesa Sinovac, é fabricada em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, e a vacina da AstraZeneca/Oxford é fabricada pela Fiocruz, no Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria da Eurofarma, a produção das doses da vacina também será feita em São Paulo.

As empresas informaram que as atividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos começarão imediatamente. No entanto, não foi esclarecido se o acordo vai permitir que o Brasil tenha mais vacinas da Pfizer disponíveis no ano que vem.

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