Foto: Myke Sena/MS
Foto: Myke Sena/MS

A BioNTech e a Pfizer divulgaram, nesta quarta-feira (8), que estudos preliminares demonstram que três doses de sua vacina contra a Covid-19 neutralizam a variante ômicron. O resultado obtido um mês após a terceira dose é comparável ao observado após duas doses contra a cepa original.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a Pfizer é a segunda vacina mais aplicada no Brasil, com 33,5% das doses administradas, atrás apenas da vacina da Oxford/AstraZeneca, com 37,5% das doses. Em terceiro vem a CoronaVac, com 27,4% das doses; por último está a vacina da Janssen/Johnson, que representa 1,6% das doses aplicadas.

Os fabricantes explicaram que duas doses da vacina resultaram em anticorpos neutralizantes significativamente mais baixos, mas que uma terceira dose aumenta os anticorpos em 25 vezes, mas também fazem o alerta que, mesmo com a queda desses anticorpos neutralizantes, a vacina segue protegendo contra as formas graves da doença.

Elas também informam que estão monitorando de perto a efetividade da vacina no mundo real contra a nova variante. “Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra forma grave causada pela cepa ômicron, a partir desses dados preliminares está claro que a proteção é melhorada com uma terceira dose”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

As empresas continuarão a coletar mais dados de laboratório. Eles acrescentaram que, se necessário, podem entregar uma vacina adaptada para a nova variante em março de 2022.

Em novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou inclusão da dose de reforço da Pfizer na bula. A dose de reforço é indicada para maiores de 18 anos e deve ser aplicada seis meses depois do esquema vacinal completo (duas doses).