Foto de sirene com logo do tribuna de Jundiaí

A pedido do Ministério Público, a Polícia Civil abriu investigação da denúncia de que uma médica da cidade de Ibitinga, em São Paulo, estaria negociando a venda de atestados e receitas médicas falsas, para que pessoas sem comorbidades pudessem ser incluídas na campanha de vacinação contra a Covid19.

De acordo com a promotoria do MP, Silvana Abrão Quaresma estaria vendendo os documentos por R$ 30. Em um áudio atribuído à médica, ela conversa com um dos pacientes e explica os detalhes da elaboração do receituário falso.

Na ligação, ela pergunta se a pessoa do outro lado da linha realmente não tem nenhuma condição médica pré-existente, como diabetes, hipertensão ou problemas nos rins.

– Nenhum dos dois tem nenhuma comorbidade? Pressão alta, diabetes, problemas renais, problemas cardíacos? São muitos gordos? Sei lá. Qualquer coisa que é que eu tenho um questionário e não vou falar tudo.

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Além disso, a médica ainda alerta para que o receituário seja utilizado apenas para a fila de vacinação, e não para o consumo do medicamento. Dessa forma, ela explica que para uma pessoa saudável tomar o remédio, existe risco de morte.

“- Mas a receita é só para tomar a vacina, pelo amor de Deus. Vocês não vão me tomar o remédio porque vocês são pessoas normais, de pressão normal, não tem diabete e não tem nada. Aí acabar morrendo, está bem entendido? É isso? Duas receitas? É R$ 30 cada receita.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) informou que até o momento as autoridades não os acionaram sobre o assunto”. Assim, o órgão respondeu que “aguarda denúncia formal das autoridades”.