
Durante três horas, motoristas de ônibus de Jundiaí cruzaram os braços nos terminais de ônibus urbano, nesta sexta (26), para reivindicar do Governo do Estado a imediata imunização da categoria contra o novo coronavírus.
Os coletivos ficaram estacionados das 10h às 13h. “Na quarta-feira (24), tivemos o falecimento do 24° motorista da categoria. Queremos vacinas para todos, porém, nós estamos na linha de frente e precisamos ser vacinados”, afirmou Paulo Ataíde dos Santos, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Jundiaí e Região e diretor da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo.
Segundo ele, a categoria segue operando até receber um parecer. Caso não haja retorno, serão analisadas e discutidas as condições para paralisação por tempo indeterminado. “Não queremos deixar de operar em prol da população, que precisa do serviço”.
Na terça-feira (23), segundo Santos, representantes do Sindicato dos Rodoviários de Jundiaí e Região estiveram reunidos com o gestor de Governo e Finanças de Jundiaí, José Antônio Parimoschi, e foram informados de que as doses da vacina contra a Covid19 que chegam à cidade são registradas e acompanhadas durante todo processo. Logo, não é possível dar outro destino se não o previsto no Plano Nacional de Imunização (PMI) – sob pena de sansão legal.
Frota
O sindicato informou também que a paralisação é orientada pela Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo para sensibilizar o Ministério da Saúde e o governo estadual.
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O presidente afirmou ainda que está pedindo à Prefeitura para que 100% da frota de ônibus possa operar na cidade. Em nota, o poder público municipal informou que “a Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte é solidária à reivindicação dos profissionais que se dedicam diariamente no transporte da população, bem como a todas as categorias mais expostas ao risco de contágio. Mas entendemos também os limites impostos pela produção e distribuição das vacinas, para fazer frente a todas as demandas. Ressaltamos que a frota atual está adequada à demanda existente operando nesta Fase Emergencial com a mesma oferta de veículos equivalente à fase Amarela do Plano São Paulo de Retomada Econômica, e que o momento exige restrição na circulação de pessoas que não fazem parte dos serviços essenciais a fim de minimizar a circulação do vírus”.