
Paulina Carvajal, de 39 anos, perdeu em apenas 5 dias quatro pessoas de sua família: pai, mãe, marido e um irmão. Ela vive na cidade Guayaquil, no Equador, uma das mais afetadas pelo vírus.
A mulher conta que todos de sua casa tiveram a doença, mas os mais prejudicados foram seu marido e seu pai, que faleceram no dia 25 de março, seguidos de sua mãe e irmão que morreram no dia 30.
Ela revela que seu marido, Michael González, que era diabético, começou a ter dificuldades para respirar no dia 23 de março, dois dias antes do óbito.
Paulina disse que esperou até a manhã seguinte, no dia 24, para ir até uma das unidades de saúde da cidade e, após ir em dois prontos-socorros, Michael recebeu atendimento e foi encaminhado para casa.
No entanto, ele começou a apresentar os sintomas novamente e voltou para o hospital, onde disseram que “não podiam fazer mais nada”, pois o sistema de saúde estava em colapso.
Depois de muita insistência, conseguiram uma vaga para Michael, mas ele já estava desfalecido. Ela ainda destaca que em todas unidades não havia mais oxigênio.
Mais mortes na família
Paulina, que acompanhava o marido no hospital, recebeu um telefonema de seu irmão para avisar que seu pai, Manuel Carvajal, de 77 anos, também tinha sido internado com problemas respiratórios.
Segundo a mulher, 90% dos pulmões de seu pai estavam comprometidos devido à doença. Ele faleceu, junto do genro, no dia seguinte, 25 de março.
Poucos dias depois, seu irmão Marco, de 51 anos, e sua mãe Eduviges, de 71, começaram a apresentar sintomas de Covi-19 e faleceram logo em seguida.
Conscientização da população
Paulina acredita que sua história serviu de alerta para a população que não enxergava a gravidade da doença.
“Muitas pessoas não tiveram consciência e continuam saindo e se reunindo”, lamenta a viúva, que ainda vê pessoas ignorando as recomendações das autoridades de saúde.
Com informações do ‘R7’.