Rótulo do medicamento hidroxicloroquina
Hidroxicloroquina está sendo receitada para casos leves e graves de Covid-19. (Foto: Reprodução)

A Sociedade Brasileira de Infectologia publicou um documento na sexta-feira (17) citando o uso da hidroxicloroquina. No comunicado, a SBI diz considera “urgente e necessário” que o medicamento  “seja abandonado no tratamento de qualquer fase da Covid-19”. A entidade também recomenda que o dinheiro público não seja gasto “em tratamentos que são comprovadamente ineficazes e que podem causar efeitos colaterais” e que as verbas disponíveis sejam aplicadas em equipamentos, em  instalações hospitalares e em medicamentos “eficazes e seguros”.

Para a SBI, municípios, estados e Ministério da Saúde devem reavaliar suas orientações de tratamento da doença.

Segundo divulgou a CNN, o órgão utilizou de duas pesquisas para fundamentar o comunicado.

Em um dos estudos, análises indicaram que não houve redução na duração dos sintomas ou de hospitalização e mortalidade nem mesmo com uso precoce do medicamento. Além disso, 43% dos tratados com hidroxicloroquina apresentaram efeitos colaterais, principalmente gastrointestinais.

Outro estudo, dessa vez realizado na Espanha, concluiu que não houve redução na carga viral nem melhora da situação clínica.

De acordo com a SBI, os dois trabalhos, unidos aos já publicados, confirmam que a hidroxicloroquina não traz benefícios clínicos, seja na prevenção, tratamento precoce ou em pacientes já hospitalizados.

Com informações da CNN.