teste covid
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Nesta segunda-feira (11), o Imperial College de Londres atualizou os dados sobre a taxa de transmissão da Covid-19, que no Brasil bateu o menor índice desde abril de 2020, quando começou a ser contabilizado.

Simbolizado pela sigla “Rt”, o “ritmo de contágio” é um número que traduz o potencial de propagação de uma doença: quando é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança. Quando é menor, ela recua.

De acordo com os dados da instituição, esta semana, a taxa de transmissão bateu 0,60. Ou seja, a cada 100 pessoas infectadas com Covid-19 transmitem o vírus para outras 60. Anteriormente, o momento em que o índice chegou mais próximo do atual foi em novembro de 2020, com 0,68.

No entanto, essa data foi medida no mesmo período em que ocorreu um “apagão” de dados, que atrasou a atualização de casos e mortes pelo novo coronavírus pelo Ministério da Saúde. Além disso, existe o fato de que o Brasil faz poucos testes de detecção da doença, o que indica uma piora na capacidade de encontrar casos da doença.

Ainda assim, especialistas ressaltam o impacto positivo da vacinação contra a Covid-19 no país para a redução no número de novos casos. Hoje, 70% da população do Brasil já recebeu pelo menos uma dose da vacina, e mais de 47% já está completamente vacinado com as duas doses ou dose única.

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No entanto é importante manter as medidas de restrição e cuidados no combate à Covid-19.

“Quando os casos diminuem, é sinal que estamos fazendo as coisas certas. Ou seja, implementamos medidas de saúde pública, que comprovadamente continuam a funcionar”, explica o médico Ciro Ugarte, diretor de Emergências Sanitárias da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS para as Américas, em entrevista à BBC News Brasil.

“O pior que poderia nos acontecer agora, que estamos com menos casos, seria aliviar as medidas. Isso aumentaria a oportunidade para que o vírus fosse transmitido de pessoa para pessoa”, acrescentou.