Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências mostraram, em um estudo publicado na revista Nature, na sexta-feira (28), que a dose de reforço da CoronaVac promove resposta imune contra a variante ômicron do SARS-CoV-2 em 95% dos vacinados, além de aumentar a capacidade de neutralização dessa cepa ao ativar rapidamente as células B de memória, que produzem anticorpos.

Os cientistas coletaram amostras de sangue de 60 voluntários que tomaram três doses da CoronaVac para avaliar os títulos de anticorpos neutralizantes contra as variantes ômicron e delta. Nenhum dos indivíduos recrutados tinha sido infectado pelo vírus SARS-CoV-2 antes da análise.

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De acordo com a pesquisa, após a terceira dose, 95% dos participantes apresentaram soroconversão contra a ômicron. Os títulos de anticorpos neutralizantes contra a cepa original e contra as variantes delta e ômicron foram, respectivamente, 254, 78 e 15,5. A contagem de títulos de anticorpos, no entanto, representa apenas uma parte da resposta imune, que é completada pelas células B de memória, que podem reconhecer um invasor, se dividir e rapidamente começar a produzir anticorpos para combatê-lo.

Segundo os pesquisadores, estudos têm mostrado que a ômicron pode resistir aos anticorpos produzidos com duas doses de vacina, o que reforça a necessidade de uma terceira dose. “Nosso estudo revelou que o regime de vacinação de três doses da CoronaVac induz uma resposta imune melhorada, com neutralização significativamente aumentada. Além disso, um subconjunto de anticorpos neutralizantes altamente potentes contra as variantes de preocupação estava presente em pelo menos quatro indivíduos.”