
Pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um ventilador pulmonar mecânico que poderá ser produzido por fabricantes autorizados, rapidamente e com menor custo, para atender pacientes com Covid-19.
O projeto é uma resposta a um pedido da diretoria da Poli e reúne docentes, pesquisadores, alunos e representantes da iniciativa privada. Ao todo, 40 pessoas estão envolvidas na iniciativa.
A Poli produzirá o equipamento a um valor em torno de R$ 1 mil, enquanto um respirador convencional no mercado tem o preço mínimo de R$ 15 mil.
“Por suas características, a ação irá viabilizar a construção de alguns milhares de ventiladores a partir de três semanas e ter milhares produzidos em cinco semanas”, adianta ao Jornal da USP o engenheiro Raul Gonzalez Lima, coordenador do grupo.
O engenheiro ainda explica que o dispositivo pode ser montado com peças de fabricantes nacionais, com estoque e distribuidores em grande escala para produção.
Fabricação
O projeto tem licença open source, ou seja, é aberto para utilização pelos interessados em produzir o ventilador. A Poli será responsável pelo projeto, mas não pela fabricação, que deve ser feita por empresas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O projeto é desenhado para atender a demanda, com funcionalidades em relação aos respiradores convencionais, normalmente usados em equipamentos de saúde.
O subsistema mecânico de inspiração e expiração já está sendo testado com sucesso, revela o engenheiro, que afirma que os parâmetros básicos do projeto foram concluídos.
O dispositivo será acompanhado de um software – ainda não definido – “podemos utilizar processadores que são fabricados aqui mesmo na Poli”, afirma Raul.
Com informações do Governo do Estado de São Paulo e Jornal da USP.