
Nesta quinta-feira (7), o Governo de São Paulo anunciou que a CoronaVac tem a taxa de eficácia de 78% em casos leves e 100% em casos graves de Covid-19. Os dados completos dos testes no Brasil serão divulgados na coletiva de imprensa no início desta tarde.
A informação foi apresentada para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em reunião nesta manhã. A agência recomenda a taxa de eficácia mínima de 50%. Assim, o governo deve já solicitar o registro definitivo e o pedido para uso emergencial do imunizante.

De acordo com o plano de imunização estadual, a campanha de vacinação em São Paulo deve começar no dia 25 de janeiro, dia do aniversário da cidade paulista.
A expectativa é de que 9 milhões de pessoas sejam vacinadas contra o vírus na primeira etapa da campanha, com a aplicação de 18 milhões de doses da Coronavac até o fim de março. A princípio, a prioridade é para os profissionais da saúde, pessoas com 60 anos ou mais, grupos indígenas e quilombolas.
No Brasil, a CoronaVac foi testada em 16 centros de pesquisa, distribuídos em sete estados e o Distrito Federal. Ao todo, 13 mil voluntários participaram dos testes, que começaram em julho de 2020.
Adiamentos
A entrega dos dados da Coronavac já havia sido adiada duas vezes pelo Instituto Butantan. A primeira previsão era de realizarem a entrega no dia 15 de dezembro mas, na ocasião, o secretário da Saúde apenas afirmou que o índice de eficácia não havia chegado à 90%.
A data foi então adiada para o dia 23 de dezembro, no entanto o Governo de SP adiou novamente para hoje, 7 de janeiro.
No Brasil
No total, o Estado de São Paulo recebeu quase 11 milhões de doses da vacina, além dos insumos para produção nacional.
De acordo com a microbiologista Natália Pasternak, em entrevista para o G1, o índice é considerado “excelente”. Segundo ela, já era esperado que a Coronavac tivesse um índice de eficácia menor que as outras vacinas. Isso porque a Coronavac é um imunizante de vírus inativo, enquanto a Pfizer e da Moderna utilizam tecnologia de RNA mensageiro.
“A vacina inativada não consegue provocar uma resposta tão completa. É esperado que ela tenha uma eficácia menor. A eficácia de 78% da CoronaVac, ao que tudo indica, é uma eficácia excelente e compatível com uma vacina de vírus inativado. Com uma boa campanha, vai ser uma ótima vacina para o Brasil”, afirma.
Plano de vacinação
Nesta quarta-feira (6), o governador estadual, João Doria, teve uma reunião com os prefeitos dos municípios de São Paulo. Durante o encontro, foi informado que a vacinação deverá ocorrer a partir do dia 25 de janeiro, de segunda a sexta, das 7h às 22h, e de 7h às 17h aos sábados, domingos e feriados.