
A leitora Luara Azevedo enviou uma reclamação ao Tribuna de Jundiaí acerca do atendimento dado à sua filha no Hospital Paulo Sacramento (HPS), no último dia 26 de maio. De acordo com ela, a garota de 5 anos estava com dengue hemorrágica, mas foi diagnosticada com gripe após seis horas de espera.
“Chegamos lá 10h15, fomos chamados no balcão para fazer a ficha por volta de 11h45 e ela foi chamada para ser atendida às 14h. Relatei todos os sintomas, como febre, os olhos vermelhos, dor atrás dos olhos e dor no corpo. Após a médica examinar, ela pediu raio-x pois acreditou que era devido ao tempo”, conta.
Após realizar o exame de raio-x, o retorno ao consultório foi por volta de 16h. A mãe diz que a médica então constatou que não havia nada no pulmão e afirmou que era uma gripe.
“Questionei pois todos os sintomas levavam a crer que poderia ser dengue e perguntei se ela não poderia solicitar um exame específico. A resposta dela simplesmente foi que a médica ali era ela, que ela estudou e sabia muito bem o que estava falando. Disse, ainda, que se precisasse de exame minha filha teria que ficar cinco dias com febre para que ele fosse solicitado”, continua.
Luara saiu então do hospital descontente e decidiu não dar o xarope que a médica passou para sua filha. Os sintomas continuaram e ela decidiu então levar a menina ao Centro Clínico em Campo Limpo Paulista, onde o médico já pediu o exame para saber se era dengue.
“E sim, para minha tristeza minha filha foi diagnosticada com dengue. O vermelho no olho era por conta de uma hemorragia com um derrame, por conta da dengue hemorrágica. Logo após a comprovação minha filha foi medicada e começamos o processo de hidratação para que ela não precisasse ficar internada”, relembra.
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Depois de alguns dias de cuidado sua filha já está melhor, mas Luara demonstra indignação. “É um perigo isso porque na dengue hemorrágica a situação pode se agravar com o uso de alguns medicamentos que são comumente indicados para a gripe. E esse tipo de dengue é a mais perigosa”.
Nota do hospital
Em nota, o Hospital Paulo Sacramento informa que os sintomas descritos pela mãe no momento do atendimento eram condizentes com gripe e que o teste rápido para dengue não era efetivo antes de 24 horas e após 72 horas da apresentação dos sintomas. Confira a íntegra do texto:
“Sobre o caso da paciente I. M.Y, informamos que nosso primeiro atendimento constatou que os sinais vitais e a história clínica eram condizentes com síndrome gripal, não sendo excluída, no entanto, a possibilidade de dengue. Após exame físico, foi constatado que a paciente apresentava sinais e sintomas condizentes com doença respiratória aguda, onde foi solicitado o exame de RX, que não apresentava alterações.
Esclarecemos ainda que a mãe da paciente foi orientada de que o teste rápido para dengue não era efetivo antes de 24 horas e após 72 horas dos sintomas e que a sorologia só é solicitada após 5 dias, com a finalidade de notificação epidemiológica.
Assim sendo, independente do diagnóstico, não haveria mudança no tratamento escolhido, além da orientação de retorno no caso de piora e prescrição de medicações sintomáticos, conforme orientação do ministério da saúde.”