
O Dia Mundial do Câncer de Ovário, datado nesta quinta-feira (8), reforça a importância da conscientização sobre o segundo câncer ginecológico mais frequente entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de 7,3 mil novos casos por ano, entre 2023 e 2025. A data, reconhecida pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo principal ampliar o conhecimento da população sobre os sinais da doença e estimular o diagnóstico precoce.
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Um câncer silencioso e de difícil detecção
Segundo o médico oncologista Arthur Maia Filho, do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), o câncer de ovário apresenta sintomas iniciais discretos, que muitas vezes são confundidos com distúrbios gastrointestinais ou outras condições benignas.
“Inchaço abdominal, desconforto pélvico, sensação de plenitude ou alteração no hábito intestinal”, cita o especialista. “Por isso, muitas mulheres só recebem o diagnóstico em estágios avançados da doença”, alerta.
Quem está mais suscetível?
Embora possa surgir em qualquer faixa etária, a doença é mais comum em mulheres com 50 anos ou mais. Ter histórico familiar de câncer de ovário ou de mama é um fator de risco importante. “Alguns fatores de risco incluem a presença de mutações genéticas, como BRCA1 e BRCA2, menopausa tardia, obesidade, uso prolongado de reposição hormonal e não ter tido filhos”, explica o Dr. Arthur.
Como prevenir e se cuidar
Adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, controle do peso e prática regular de atividade física, pode ajudar na prevenção. No entanto, o oncologista destaca outro aspecto essencial: o diálogo.
“Discutir riscos genéticos, quando há histórico familiar, são medidas importantes. Por isso a conscientização: para o reconhecimento dos sintomas e sinais de alerta, e da importância do acompanhamento médico regular”, ressalta.
Tratamento exige acompanhamento contínuo
O tratamento do câncer de ovário geralmente envolve cirurgia para retirada do tumor, seguida de quimioterapia. Para o tipo mais comum da doença — o carcinoma seroso de alto grau (HGSC), que representa cerca de 70% dos casos —, a resposta ao tratamento costuma ser positiva.
“No entanto, é comum que ocorra recorrência ao longo do tempo, o que exige um acompanhamento rigoroso e, em alguns casos, novos ciclos de tratamento”, afirma Maia Filho.
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