
Nesta quinta-feira, 10 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Visão, uma data estabelecida para conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde ocular. Comemorado anualmente na segunda quinta-feira de outubro, o objetivo é destacar a prevenção de doenças oculares e a necessidade de garantir que as pessoas tenham acesso a exames oftalmológicos regulares.
No entanto, para além das condições médicas mais conhecidas, como catarata e glaucoma, muitos hábitos do dia a dia podem afetar nossa visão de forma progressiva e silenciosa. Alguns comportamentos, aparentemente inofensivos, podem comprometer a saúde dos olhos sem que a pessoa perceba. Confira.
Uso excessivo de telas é uma ameaça à visão
Em um mundo cada vez mais digital, o uso prolongado de computadores, smartphones e outros dispositivos eletrônicos é um dos maiores vilões para a saúde ocular. A luz azul emitida por essas telas pode causar o chamado “cansaço ocular digital”, uma condição que provoca sintomas como visão embaçada, olhos secos e dores de cabeça.
Esse problema se agrava quando passamos horas em frente às telas sem fazer pausas. A frequência com que piscamos diminui, o que resseca os olhos e os deixa mais vulneráveis a irritações. O uso excessivo de telas também pode alterar o ciclo do sono, prejudicando a regeneração dos olhos durante o descanso.
- O que fazer: Para prevenir esses efeitos, siga a regra 20-20-20: a cada 20 minutos, faça uma pausa de 20 segundos e olhe para algo que esteja a 6 metros de distância (ou 20 pés, como indica a regra original).
Exposição inadequada à luz
Seja ao ler em ambientes mal iluminados ou ao se expor diretamente ao sol sem proteção, a luz pode ser um fator prejudicial à visão. No caso da luz natural, a exposição aos raios UV sem a devida proteção aumenta o risco de desenvolver doenças como catarata e degeneração macular. Já em ambientes internos, a falta ou excesso de iluminação pode forçar a vista e causar fadiga ocular.
- O que fazer: Use óculos de sol com proteção UV sempre que sair ao ar livre e ajuste a iluminação dos ambientes em que trabalha ou lê, evitando forçar os olhos.
Esfregar os olhos é um hábito perigoso
Esfregar os olhos quando estão coçando parece inofensivo, mas esse hábito pode causar problemas sérios. O ato de pressionar os olhos pode danificar os vasos sanguíneos delicados que ficam ao redor e, em alguns casos, espalhar bactérias que causam infecções. Além disso, quem tem predisposição a doenças como o ceratocone (afinamento e deformação da córnea) pode agravar a condição ao esfregar os olhos com frequência.
- O que fazer: Ao sentir coceira nos olhos, utilize colírios lubrificantes ou lave o rosto com água fria em vez de esfregar.

Falta de hidratação causa olhos secos e irritados
A hidratação é essencial para o bom funcionamento do corpo, e os olhos não são exceção. Olhos secos e irritados podem ser um sinal de que você não está consumindo água suficiente. A desidratação afeta a produção de lágrimas, fundamentais para a lubrificação ocular e a proteção contra agentes externos.
- O que fazer: Beba água regularmente e, se necessário, utilize colírios para manter os olhos hidratados, especialmente em ambientes com ar-condicionado ou muito secos.
Descuidos com as lentes de contato
As lentes de contato são uma solução prática para muitos, mas o uso inadequado pode trazer sérios riscos à saúde ocular. Dormir com lentes que não são próprias para isso, não higienizá-las adequadamente ou prolongar o uso além do recomendado pode causar infecções e até lesões na córnea.
- O que fazer: Siga todas as orientações do seu oftalmologista quanto à limpeza e tempo de uso das lentes. Se possível, opte por lentes de contato diárias, que reduzem o risco de infecções.
Esquecer as consultas oftalmológicas
Muitas pessoas negligenciam a importância das consultas regulares ao oftalmologista. Algumas doenças oculares, como o glaucoma, podem se desenvolver de forma assintomática até atingirem um estágio avançado, o que torna ainda mais importante realizar exames preventivos.
- O que fazer: Marque consultas periódicas com seu oftalmologista, mesmo que não sinta nenhum sintoma. O diagnóstico precoce é fundamental para tratar condições que podem afetar seriamente sua visão.
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