chuveiro

Tomar um banho quentinho é uma delícia, mas no inverno isso se transforma em um desafio e tanto para muitas pessoas. De acordo com levantamento recente do site de pesquisas YouGov, no Reino Unido, uma em cada seis pessoas (17%) tem essa prática com menos frequência. Entre os britânicos de 18 e 24 anos, 27% reduziram o hábito de banhos diários.

No Brasil, isso não é diferente. De acordo com o médico dermatologista Rafael Soares, tratando-se de um país tropical, ir dormir sem tomar banho leva para os lençóis restos de pele, sebo, poluição, suor, bactérias e vírus adquiridos ao longo do dia.

“Esses microorganismos vão se alojar nos lençóis que, geralmente, não são trocados com frequência, e proliferam na cama. Com isso, podem contaminar a pele devido o contato diário com indivíduo”, explica o especialista, que é formado pela Universidade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre e pós-graduado em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia.

Médico é referência no tratamento de doenças de pele e de técnicas exclusivas em estética (Foto: Arquivo Pessoal)

Os principais riscos que podem surgir, como elenca Soares, são: infecções de pele, bacterianas (pontos de pus, placas avermelhadas), crostas, infecções fúngicas, além do favorecimento também na infestações de ácaros e parasitas.

“A falta de higiene com o corpo pode ocasionar esses problemas. Paralelo a isso, têm-se a piora dos quadros alérgicos, como asma, bronquite e rinite, que podem ser agravados por conta dos ácaros presentes no lençol. É muito importante ter cuidado”, completa.

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Então, nada de pular este momento do dia. “Um banho por dia é essencial para todas as pessoas, inclusive para quem tem dermatite atópica, só que aí o banho tem que ser de morno para frio e de no máximo cinco minutos, com a mínima quantidade de sabonete possível. Para meses mais frios e crianças que estão com a dermatite atacada, o prazo para o banho pode ser maior”, finalizou.