
Comum entre mulheres e frequentemente associado ao uso de calçados inadequados, o joanete — termo popular para o hálux valgo — não se resume a um incômodo estético. A deformidade pode gerar dores intensas, afetar a forma de caminhar e comprometer a qualidade de vida.
A condição ocorre por alterações na posição dos ossos, ligamentos e tendões, resultando em uma proeminência óssea na base do dedão. Esse desalinhamento causa não apenas desconforto, mas também limitações nas atividades diárias.
Joanete: causas e fatores de risco
De acordo com os ortopedistas do Hospital São Vicente (HSV), especialistas em cirurgia do pé e tornozelo, Dr. Éder Ferreira Moreira e Dr. Hélio Henrique de Paiva Junior, o joanete tem origem multifatorial.
“O joanete pode estar relacionado tanto a fatores genéticos e estruturais, como o formato do osso do pé e a frouxidão dos ligamentos, quanto ao uso repetitivo de sapatos de bico fino. É muito mais comum em mulheres, numa proporção de 9 para cada homem”, destacam.
A principal queixa dos pacientes é a dor, especialmente ao usar sapatos fechados, como sapatilhas ou saltos. Com o tempo, a deformidade pode se agravar, atingir outros dedos e causar calos ou sobrecarga no antepé.
“O joanete não é simplesmente uma queixa estética, mas uma alteração mecânica do pé que merece atenção”, alerta Dr. Éder.
Tratamentos disponíveis
O primeiro passo do tratamento geralmente é conservador, com uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e mudanças no estilo de vida, principalmente na escolha dos calçados.
“Dedeiras ou espaçadores de silicone ajudam a proteger a área inflamada e controlar a dor, mas não corrigem o joanete”, explica Dr. Hélio.
Quando as medidas clínicas não são suficientes, a cirurgia é indicada. “Existem diversas técnicas, que variam conforme o grau da deformidade. Em geral, realizamos uma osteotomia, que é o corte no osso para correção estética e funcional. A recuperação costuma permitir que o paciente caminhe já nos primeiros dias após a cirurgia, com o auxílio de sandálias especiais. O osso leva de seis a oito semanas para se firmar e cicatrizar”, acrescenta.
É possível prevenir o joanete?
Apesar dos avanços no tratamento, a prevenção ainda é limitada. “Infelizmente, não é possível prevenir o joanete de forma definitiva. Como se trata de uma deformidade progressiva, que aumenta com o tempo, a única forma de tentar conter a evolução é evitar os fatores extrínsecos, como o uso frequente de sapatos inadequados”, orienta Dr. Éder.
Dr. Hélio reforça a importância do acompanhamento médico. “Ao notar qualquer alteração no formato do pé ou dor persistente ao caminhar, o paciente deve procurar um ortopedista. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a progressão do joanete e garantir mais conforto e qualidade de vida”.

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