Criança com varíola dos macacos
Foto: Domínio público/via Wikipedia

O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (29) a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil, registrada em Uberlândia (MG). Segundo informações da Globo News, a vítima era um homem com várias comorbidades e que estava com a imunidade muito baixa.

Em todo o mundo, só cinco pessoas morreram pela doença no surto atual, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) que foram divulgados na última quinta-feira (28).

Segundo o boletim mais recente do ministério, cerca de 1.066 casos da doença foram registrados no país, a maioria em São Paulo e no Rio de Janeiro. O ministério está tratando a doença como surto, que é o primeiro estágio da evolução de contágio, antes de epidemia e pandemia. O surto acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica, maior que o esperado pelas autoridades.

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O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse, em nota, que a pasta percebeu e entendeu a necessidade de aumentar o nível de alerta para a doença. “Os primeiros casos eram importados, tinham clara relação com viagens a países com surto ativo, mas hoje no Brasil, temos transmissão comunitária. Aí a grande importância das pessoas, ao sentirem qualquer sintoma, procurarem uma Unidade Básica de Saúde”, afirmou.

O Ministério disse ainda que vai montar um grupo para coordenar a resposta, com a participação de várias instituições de saúde, como o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Opas, braço da OMS nas Américas.

Ainda não há vacina disponível para a doença no país, mas a pasta diz que negocia a compra. “A pasta tem buscado as alternativas céleres para aquisição da vacina e articulado com a OPAS/OMS as tratativas para aquisição do imunizante. Dessa forma, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) poderá definir a melhor estratégia de imunização para o Brasil”, afirmou em nota.