
O Novembro Azul é uma campanha global voltada para a conscientização sobre a saúde do homem, com foco na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Apesar da crescente adesão à causa, muitos mitos ainda cercam o tema, gerando preconceitos e desinformação que podem dificultar o cuidado com a saúde masculina. A seguir, desvendamos os principais equívocos relacionados à campanha e ao câncer de próstata.
Mitos sobre o Novembro Azul e o Câncer de Próstata
Mito 1: o exame de toque retal é doloroso e vergonhoso
Um dos maiores tabus relacionados ao Novembro Azul está no exame de toque retal. Muitos homens evitam o procedimento por medo ou vergonha, alimentando a ideia de que ele é invasivo ou desconfortável demais.
Realidade: O exame de toque retal é rápido, indolor e crucial para a detecção precoce do câncer de próstata. Ele permite ao médico avaliar alterações na glândula que não são detectáveis por exames de sangue, como o PSA (antígeno prostático específico). A vergonha ou desconforto não devem ser obstáculos para preservar a saúde.
Mito 2: somente homens idosos precisam se preocupar com a próstata
Outra crença equivocada é a de que o câncer de próstata afeta apenas homens mais velhos. Embora a maior incidência ocorra após os 65 anos, é um erro pensar que os mais jovens estão imunes.
Realidade: Homens a partir dos 50 anos devem realizar exames de rotina. Para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata ou indivíduos negros – que têm maior risco –, a recomendação é iniciar o acompanhamento médico aos 45 anos. A prevenção deve começar cedo.
Mito 3: não tenho sintomas, então estou saudável
Muitos homens acreditam que a ausência de sintomas é um indicativo de que não há motivos para preocupação. Isso pode levar a negligenciar exames preventivos.
Realidade: O câncer de próstata é frequentemente assintomático em suas fases iniciais, o que torna os exames regulares indispensáveis. Quando os sintomas aparecem – como dificuldade para urinar, sangue na urina ou dor pélvica –, a doença pode já estar em estágio avançado, reduzindo as chances de cura.
Mito 4: o câncer de próstata é sempre mortal
O diagnóstico de câncer ainda assusta muitas pessoas, levando à ideia de que é uma sentença de morte. No caso do câncer de próstata, esse mito afasta os homens dos consultórios médicos.
Realidade: Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem altas taxas de cura. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 90% dos casos identificados nas fases iniciais podem ser tratados com sucesso. A chave está no diagnóstico precoce e no acompanhamento médico adequado.

Mito 5: o tratamento do câncer de próstata sempre causa impotência
Outra preocupação comum entre os homens é o impacto do tratamento sobre a vida sexual, especialmente no que diz respeito à impotência.
Realidade: Embora alguns tratamentos, como a cirurgia ou radioterapia, possam afetar a função erétil, essa não é uma regra. As técnicas médicas têm avançado, e muitas vezes é possível preservar a qualidade de vida do paciente. Além disso, existem terapias específicas para minimizar os efeitos colaterais.
Mito 6: a alimentação e o estilo de vida não influenciam no risco de câncer de próstata
Há quem acredite que a genética é o único fator relevante no desenvolvimento do câncer de próstata, desconsiderando a importância de hábitos saudáveis.
Realidade: Embora o histórico familiar desempenhe um papel importante, a alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos e a manutenção de um peso saudável podem reduzir o risco de desenvolver câncer de próstata e outras doenças. Dietas ricas em frutas, vegetais e gorduras boas são especialmente recomendadas.
Mito 7: apenas o exame de PSA é suficiente para detectar o câncer
Muitos homens acreditam que o exame de PSA é suficiente para garantir que estão livres do câncer de próstata, o que pode levar à negligência de outros procedimentos.
Realidade: O PSA é uma ferramenta valiosa, mas não é infalível. Alterações nos níveis de PSA podem ser causadas por outros fatores, como inflamações ou aumento benigno da próstata. Por isso, a combinação do exame de PSA com o toque retal é fundamental para uma avaliação mais precisa.
Os mitos sobre o câncer de próstata e os exames preventivos contribuem para o atraso no diagnóstico e tratamento da doença, impactando negativamente a saúde. Por isso, campanhas como o Novembro Azul são essenciais para desmistificar preconceitos e incentivar os homens a cuidarem de sua saúde.
Procure um médico, realize os exames preventivos e compartilhe informações corretas para ajudar a combater os mitos que ainda cercam o câncer de próstata.