
Um homem diagnosticado com câncer de próstata em estágio terminal alcançou a remissão completa da doença após passar por um tratamento desenvolvido por um médico brasileiro.
Scott Miller (68) lutava comtra um câncer de próstata metastático, em estágio IV, desde julho de 2021. O tumor tinha cerca de 12 centímetros de diâmetro e se espalhou por seus ossos, vesícula, bexiga, reto e outros órgãos. De acordo com os médicos, Scott tinha expectativa de vida de apenas quatro meses.
Tratamento BTT
Durante seis meses, o paciente foi tratado com a tecnologia BTT. Esse tratamento induz proteínas de choque térmico através de aumento da temperatura, de maneira controlada, pelo cérebro.
O pesquisador brasileiro Marc Abreu desenvolveu a tecnologia médica inovadora. Marc é especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias, formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O médico desenvolveu o túnel térmico cerebral (BTT, na sigla em inglês) na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
“A redução de expressão da proteína de choque térmico está associada com câncer, doenças neurológicas e o envelhecimento”, explicou o especialista. “Para o tratamento de câncer, além da mudança da carga termodinâmica, utilizamos frequências diferentes durante a indução com o objetivo de atuar em áreas distintas. A modalidade é a mesma que usamos no tratamento de doenças neurológicas, mas a receita é diferente”.
Como foi o tratamento
Ao longo dos seis meses, Scott precisou de cinco induções como tratamento. De acordo com o relato clínico, o paciente não sentiu nenhum efeito colateral e não realizou nenhum tratamento adicional. Ou seja, rm nenhum momento Scott passou por radioterapia ou quimioterapia, tratamentos tradicionais para combater a doença.
“Na primeira indução, já senti algo diferente. Com isso, me mudei temporariamente de Los Angeles para Miami, onde fica o Instituto Médico BTT, para dar continuidade ao tratamento. Depois do tratamento, meu radiologista ao rever os meus exames me informou que inacreditavelmente é como se eu nunca tivesse câncer”, disse Scott.
“Um ponto muito importante é que, com esse tratamento, não só eliminamos o câncer, mas também a fonte do câncer. Temos a erradicação das células-tronco cancerígenas e a neutralização das moléculas sinalizadoras, que são as moléculas que levam ao desenvolvimento e depois a recorrência do câncer”, explica Abreu.
Agora, os médicos acompanharão o paciente por seis meses, e ele passará por diversos exames pelos próximos três anos.