
Cientistas provaram que, mesmo na fase adulta, ainda é possível a formação de novos neurônios. A descoberta vai de encontro ao que se acreditava, que todo ser humano já nascia com um determinado “bando de neurônios”, que diminuía com o passar o tempo.
Segundo os pesquisadores, conexões diferentes podem ser criadas mesmo depois de alguns anos, assim, novos neurônios se desenvolvem em algumas áreas, como no hipocampo.
O professor Terry Sejnowski, do The Salk Institute for Biological Studies, explica que é nessa área do cérebro, com formato de cavalo-marinho e responsável pela memória e capacidade espacial, aonde cientistas detectaram o nascimento de novos neurônios.
O estudo, utilizando roedores, partiu de uma apresentação de imagens. Com a repetição da observação das figuras, os animais começaram a distinguir uma imagem da outra, com isso, notou-se que novos neurônios haviam sido gerados no hipocampo.
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Mas, se o roedor parasse de fazer o exercício, os neurônios mais jovens desapareciam. Da mesma forma, se retomassem a atividade, voltavam a aparecer.
Em humanos, Sejnowski receita que o esporte pode oferecer esse mesmo funcionamento.
Além de ser uma maneira de cuidado com o corpo pela liberação hormonal e redução do estresse, pesquisas recentes mostram que a atividade física, seja esporte ou recreação, também melhora a secreção do fator neurotrófico cerebral (o que influencia positivamente na memória e em um estado de ânimo mais positivo) e permite que novos neurônios nasçam em nosso hipocampo.
Para que o esporte alcance esse objetivo – a geração de novos neurônios – a receita é antiga: frequência.
Como os especialistas sugerem, três vezes por semana, com duração mínima de 30 minutos, é mais do que o suficiente.
Com informações do El País.