A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde da Prefeitura de Jundiaí, através da Vigilância Epidemiológica (VE), informou ao Tribuna de Jundiaí que, até o momento, a cidade registrou 11 acidentes com escorpiões neste ano, felizmente não houve nenhuma fatalidade. Em 2024, foram notificadas 102 ocorrências, igualmente sem registros de mortes.
Em Jundiaí, as espécies que aparecem nas residências com mais frequência são o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), mais encontrado em áreas urbanizadas, principalmente em galerias de águas pluviais ou esgoto; e o escorpião marrom (Tityus bahiensis), predominante em regiões menos urbanizadas ou rurais, em ambientes com acúmulo de material e vegetação densa.
Ambas as espécies são venenosas e podem causar acidentes graves, especialmente em crianças, idosos, pessoas imunocomprometidas e animais de estimação.
Regiões mais afetadas por aparições de escorpiões em Jundiaí
Atualmente, a região do Centro expandido concentra grande parte das solicitações de vistoria registradas pelo canal 156. De acordo com a VISAM, não há uma explicação única para o aumento da população de escorpiões em determinadas áreas. Vários fatores contribuem para esse crescimento, tais como:
- Picos de reprodução: os escorpiões se reproduzem mais nos meses quentes e úmidos.
- Mudanças ambientais: altas temperaturas e chuvas intensas provocam desequilíbrios nas galerias de água pluvial, forçando a disseminação dos escorpiões e aumentando as chances de acesso às residências.
Há ainda fatores como a alta capacidade de adaptação ao ambiente urbano, escassez de predadores naturais, abundância de alimentos (como baratas), dificuldade de acesso a galerias subterrâneas e redes de esgoto, elevado número de instalações clandestinas de esgoto ou acúmulo de materiais inservíveis, criando ambientes favoráveis à permanência das espécies.
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Ações da VISAM para controle e prevenção
A VISAM monitora da população de escorpiões por meio de vistorias zoosanitárias em locais com relatos de aparecimento e instalação de armadilhas em pontos estratégicos. Além disso, o órgão realiza a investigação epidemiológica de todos os acidentes registrados e propaga orientações e medidas preventivas junto à população.
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Como a população pode se prevenir?
Como não há veneno autorizado pelo Ministério da Saúde para controle químico dos escorpiões, a prevenção é essencial. A VISAM orienta:
Evite descarte inadequado de lixo e entulho
Não jogue restos de construção, lixo e materiais que possam servir de abrigo para escorpiões e suas presas em locais inadequados, como terrenos baldios próximos de residências. O ideal é eliminar acúmulos de madeira, tijolos, telhas e entulho da forma correta.
Vede acessos ao interior da sua casa
A VISAM recomenda a instalação de telas em ralos, vedação de vãos de portas e janelas, e que os cidadãos tampem caixas de esgoto, águas pluviais e gordura.
Captura segura do escorpião
Ao encontrar um escorpião, a VISAM recomenda que, se possível e seguro, mate ou aprisione o animal em um pote e encaminhe-o ao órgão, que fica na Rua Bandeirantes, 375, Vila Municipal. Em caso de recorrência de aparição de escorpião, a população pode solicitar vistoria através do telefone 156.
O que fazer em caso de picada de escorpião?
Os sintomas mais comuns após a picada de um escorpião incluem dor intensa, ardência e inflamação no local. A gravidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada, sendo que crianças são mais vulneráveis a complicações.
Caso seja picado, procure atendimento médico imediatamente. Crianças até 10 anos recebem atendimento no Hospital Universitário (HU), localizado na Praça da Rotatória, s/nº, Jardim Messina. Demais pacientes, no Pronto Atendimento Central do Hospital São Vicente, na Rua João Lopes, 78, Praça Dom Pedro II.
A adoção de medidas preventivas e o monitoramento constante são fundamentais para minimizar os riscos de acidentes e garantir a segurança da população de Jundiaí.
