
No Centro de Convivência, Cultura, Trabalho e Geração de Renda (CECCO), jundiaienses encontram na arterapia o cuidado com a saúde. Seja na prevenção ou na recuperação, o estilo de terapia é tão recomendado que faz parte das Práticas Integrativas Complementares em Saúde (PICs), incentivadas pelo Ministério da Saúde.
Em Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) da Prefeitura, as oficinas de arterapia acontecem periodicamente nos grupos terapêuticos. Em outubro, a programação também envolveu a fitoterapia, com a produção de ‘kokedamas’, uma técnica de origem japonesa que consiste em envolver a planta dentro de uma esfera de musgo, substrato e argila, sendo desnecessário o plantio em vaso.
Ruth Gomes Lima, 64 anos, participa de todas as atividades oferecidas no CECCO, inclusive as oficinas de arteterapia. “Quando cheguei aqui, estava com vários problemas de saúde e as atividades, tanto de ginástica quanto lian gong e o grupo da dor, devolveram as minhas habilidades motoras. As oficinas são um complemento fantástico, já que conversamos, trocamos experiências e aprendemos cada vez mais”, explicou a mulher, que escolheu uma muda de boldo para montar o seu vaso vegetal.
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“A arteterapia pode ser feita com roda de conversa, dança, canto, trabalhos manuais ou agregada a outras práticas. Desta vez, promovemos a oficina de kokedama com mudas de plantas usadas na fitoterapia, facilitando o cultivo para quem não tem espaço em casa, já que o sistema é aéreo, montado em uma bola de substrato com musgos. O convívio é parte importante para a saúde emocional e física das pessoas com as conversas e trocas de aprendizagem”, detalha a gerente do CECCO, Fernanda Torres Apollonio.

A farmacêutica da UGPS Fernanda Lacerda Bastos, responsável por ensinar os participantes como montar a “kokedama”, detalhou também os benefícios das mudas de plantas oferecidas, como a arruda (óleo terapêutico para o alívio da dor de cabeça), a hortelã (importante para a digestão) e o boldo (também usado para a digestão e fígado). “As ervas contam com propriedades fitoterápicas que podem ser usadas em chás, na alimentação como temperos e até na produção de óleos, que podem ser usados para massagem ou aromaterapia. As oficinas têm como objetivo replicar o conhecimento para que a população possa agregar e utilizar em casa”, explica.
Para participar das atividades de arteterapia, basta buscar pela Unidade Básica de Saúde (UBS), Nova UBS ou Clínica da Família de referência para saber qual modalidade é oferecida na unidade de referência. Já as atividades do CECCO são abertas para toda a população.