Médico neurologista do Hospital São Vicente
Foto: Divulgação/Hospital São Vicente

Independente da especialidade, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), de Jundiaí, têm se destacado em publicações cientificas nacionais e internacionais, se juntando ao hall de instituições de saúde de referência no país.

Desta vez, o neurologista Dr. Robson Lázaro representou o HSV e a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), em um estudo nacional sobre vacinação em geral e contra a SARS-CoV-2 para pacientes com doenças desmielinizantes do sistema nervoso central. O objetivo do estudo foi estabelecer um consenso nacional para determinar a possibilidade ou não de vacinação desses pacientes, em que circunstâncias essas vacinações podem ser efetivadas e quais os tipos de vacina cada pessoa pode tomar.

“Nós precisávamos fazer esse levantamento para avaliar as possibilidades não só referentes a eficácia para vacinação, mas também para a liberação da mesma devido aos potenciais efeitos nocivos da imunização. Nosso ponto de partida foi por meio da Covid-19, que trouxe essa necessidade quando as vacinas contra a doença começaram a ser produzidas, mas abrangeu todas as imunizações presentes em nosso calendário nacional de vacinação”, explicou o neurologista.

“Observamos esse processo em pacientes que possuem doenças autoimunes, que são inflamatórias do sistema nervoso central e periférico, e que muitas vezes necessitam de tratamento imunossupressor para controlar essas doenças”, ressalta Dr. Robson.

Conclusão do estudo

A pesquisa contou com a participação de outros especialistas, visando a padronização para regulamentação das vacinas. “Chegamos à conclusão que as vacinas contra o coronavírus são seguras, além de serem recomendadas para esses pacientes especificamente. A única ressalva é com relação aos imunizantes que possuem o vírus vivo atenuado”, destacou Dr. Robson.

“No caso do nosso país, a vacina que seria contraindicada nesses casos, por exemplo, são as vacinas da febre amarela e de sarampo. Pacientes que já estão fazendo tratamento imunossupressor, ou mesmo até os pacientes que são transplantados, que precisam tomar a medicação para evitar rejeição, acabam recebendo essa contraindicação. Existe um risco elevado de infecção causada pela própria vacina”, conta o neurologista.

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Orgulho

O neurologista é colaborador da instituição jundiaiense desde 2004. Essa é a segunda passagem do médico pelo hospital, onde também trabalhou quando ainda era estudante. Orgulhoso, Dr. Lazaro faz questão de enaltecer o trabalho realizado dentro da unidade hospitalar.

“Acredito que essas iniciativas trazem prestígio para nossa cidade e para nossa instituição. Os profissionais daqui são muito bons. Dentro do São Vicente nós temos uma diversidade e complexidade de casos difíceis de serem vistos em outros lugares. É um hospital de ensino como nenhum outro e sempre converso sobre isso com os residentes, pois o médico que trabalha aqui, é capaz de ‘tocar’ qualquer hospital no país. É uma honra poder ressaltar isso em nível nacional”.