
A equipe da Comissão Intra Hospitalar de Transplante (CIHT) do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) foi elogiada pelo profissionalismo com o qual o processo de captação de órgãos é realizado na instituição, especialmente no que se refere a captação de pulmão que é considerada uma das mais delicadas, pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor-HCFMUSP).
O médico especialista em cirurgia torácica, Dr. Luís Gustavo Abdalla, que é assistente em transplante pulmonar do InCor, salienta a competência da equipe. “Sempre que há um doador no Hospital São Vicente, é muito bem conduzido! Ainda mais tratando-se de pulmão, que é o órgão que mais se perde no processo de morte encefálica. Vocês sempre nos ajudam”, destaca o médico.
Segundo o coordenador da equipe de fisioterapia do HSVP, Daniel Gimenez, a captação do pulmão é mais complexa que os demais órgãos. “É preciso que o doador e o receptor tenham o mesmo tipo sanguíneo, que tenham peso e altura compatíveis, idade parecida e outros fatores. Além disso, o órgão tem de ser criteriosamente avaliado para garantir que está completamente saudável”, explica.
“Outro ponto importante é o tempo de isquemia, ou seja, o tempo que o órgão suporta entre a retirada e transplante, que é de 4 a 6 horas. Então precisa ser um processo rápido e eficiente”, salienta. Para se ter uma ideia, o rim, por exemplo, pode ser transplantado em até 48 horas.
Do início do ano até o momento, a equipe do HSVP conseguiu viabilizar a captação de dois pulmões. Sendo que um deles ocorreu nesta semana. O fisioterapeuta explica que todos os pacientes internados passam por procedimentos que contribuem para que o pulmão esteja bom em caso de doação.
“Realizamos o ajuste de ventilador mecânico o mais preciso possível, análise de gasometria três vezes ao dia e sessões de fisioterapia três vezes ao dia”, detalha.Ele explica que o procedimento é padrão, pois nem todos os pacientes são potenciais doadores. Mas assegura que essa é uma das medidas que garantem a qualidade e a rapidez nos casos de pulmões captados, que salvarão outras vidas.
A equipe do HSVP se sente honrada com o elogio vindo de profissionais de instituições tão renomadas quanto o InCor. “É muito gratificante saber que estamos entregando os órgãos em boas condições e contribuindo de forma positiva no processo de transplante”, finaliza.
Nos primeiros nove meses deste ano a equipe da CIHT-HSV captou o total de 49 órgãos e tecidos. Sendo 18 rins, 16 córneas, 8 fígados, 3 corações, 2 pulmões e 2 pâncreas.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		